Depois de abrir a votação para os vetos feitos por Dilma em projetos polêmicos dos deputados, em especial aumento para os servidores do Judiciário, o deputado federal José Guimarães, do PT do Ceará e líder do governo na Câmara, discursou reclamando que interesses de categorias não poderiam se sobrepor aos interesses da nação.

Ele alegou que iria arruinar as contas do Brasil e usou de ironia.

Era uma questão de Justiça.

Foi vaiado pelas galerias e pediu que Renan Calheiros garantisse sua fala. “É justo com o Brasil.

Olhem o efeito cascata em seus Estados”, advertiu. “Não se quer o caos ou o discurso falso como o impeachment”, arrematou.

Milhares de manifestantes realizam um protesto, com buzinaço, em frente ao Congresso Nacional, na noite desta terça-feira, 22, para pressionar parlamentares para a derrubada dos vetos presidenciais a matérias que integram a chamada pauta-bomba e que poderia anular o esforço do governo em fazer o ajuste fiscal.

Com buzinas e faixas contra a presidente Dilma Rousseff, a maior parte dos manifestantes defende a derrubada do veto que barrou o reajuste do Judiciário.

Há faixa pedindo também o impeachment da presidente Dilma.

Durante todo o dia, manifestantes fizeram pressão sobre os parlamentares nos corredores da Câmara e do Senado.

A previsão é que a sessão do Congresso que vai apreciar os 32 vetos presidenciais comeceria às 20 horas.

Começou as 23 e 18, presidida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O presidente do Senado, Renan Calheiros, apresentou o método de votação desses vetos. À exceção de dez pontos destacados para votação em separado, os demais itens serão votados por meio de cédula que permite a leitura eletrônica do voto de cada parlamentar, pois o voto é aberto.

Para a apuração, contam-se os votos a favor ou contra o veto, iniciando-se pela Casa autora do projeto.

Para ser derrubado, um veto precisa do voto contrário da maioria absoluta de deputados (257 votos) e senadores (41 votos).

Os parlamentares fazem a votação por meio das cédulas, entretanto, os temas mais polêmicos, como o aumento do Judiciário (veto 26/15), serão analisados em votação pelo painel eletrônico.