Por Silvio Roberto Freitas advogado ex-presidente da subseccional de Pesqueira.
Iniciei a minha trajetória de militante na “política de Ordem”, na histórica eleição de novembro de 2006, que resultou na vitória de Jayme Asfora para a presidência da OAB-PE.
Minha humilde contribuição para essa vitória, que veio com mudança, se deu com a minha candidatura à Presidência da Subseccional de Pesqueira, minha terra natal, onde dei os primeiros passos na advocacia, e, onde mesmo radicado no Recife, ainda milito.
Com a entrada de Jayme e, posteriormente, de Henrique e Pedro, a advocacia pernambucana passou a estar num patamar de importância ao qual estávamos desacostumados.
A OAB foi reinserida no lugar a ela reservado, de protagonista na defesa dos interesses da sociedade, restabelecendo o respeito que tínhamos nos tempos de Dorany Sampaio, Joaquim Correia, Hélio Mariano e Fernando Coêlho, pra ficar nesses quatro.
Aquela eleição de 2006 foi emblemática, um verdadeiro divisor de águas para o advogado do interior.
A partir daquele ano até os dias de hoje, a Ordem mudou!
A primeira providência do então presidente Jayme Asfora foi descer do palanque e convidar a advocacia para adentrar na sede da Seccional, sem discriminações.
Práticas repetidas nas gestões de Henrique Mariano e Pedro Henrique.
Paralelamente a essa mudança de comportamento, tivemos também outra, ainda mais significativa para a advocacia interiorana.
A Ordem, por seus dirigentes e conselheiros, estaduais e federais, passou a frequentar o interior de Pernambuco, visando, com isso, identificar e minorar as mazelas que nos afligiam.
Nas últimas três gestões, uma verdadeira peregrinação nunca antes vista na história da Seccional.
Não viajaram apenas para fazer turismo.
O fizeram levando consigo diversos benefícios e serviços da OAB e de seus braços institucionais, como a CAAPE – Caixa de Assistência aos Advogados de Pernambuco, e a ESA-Escola Superior da Advocacia Ruy Antunes.
Importantes seminários foram realizados com grandes nomes.
Impulsionou-se a formação de sucessivas turmas de Pós-Graduação, presenciais ou à distância.
Foram realizadas caravanas de aperfeiçoamento do PJe com certificados digitais a preços extremamente módicos.
Benefícios como, assistência médico-odontológica conveniada, e também, descontos em produtos e serviços.
A instalação do Observatório da Justiça, instrumento itinerante de permanente diálogo com a advocacia, foi ao encontro dos advogados do interior para ouvir suas reclamações, buscando de forma célere a resolução de demandas.
Noutro turno, com aquele que considero o mais importante paradigma dessa mudança no âmbito institucional, não podemos esquecer a destemida atuação da OAB/PE, por intermédio de sua Comissão Estadual de Defesa das Prerrogativas.
Ela não hesitou em prestar apoio aos nossos colegas interioranos vítimas de arbitrariedades enquanto estavam no exercício da profissão.
Destaco o desagravo realizado em Salgueiro, em resposta à violência perpetrada por um oficial da Polícia Militar de Pernambuco contra um colega daquela Subseccional.
Além da ação empreendida junto ao Tribunal de Justiça, que culminou com o afastamento e posterior remoção do Juiz da Comarca de Surubim, acusado de práticas atentatórias contra a dignidade dos colegas advogados que militam naquele importante município.
Temos, portanto, muito que exaltar nessas três últimas gestões.
Ao contrário do que alguns alardeiam por aí, em um manifesto exercício de demagogia eleitoreira, muito foi feito pelos que atuam fora da capital.
As ações empreendidas nesses últimos nove anos nos dão a esperança de que as futuras gestões continuem nessa trilha, de um franco, leal e vigoroso compromisso com a advocacia interiorana, lutando para que as desigualdades ainda existentes e as dificuldades ainda reinantes sejam cada vez mais minimizadas, quando não totalmente afastadas.
Importante, para tanto, não nos deixemos seduzir pelas críticas insanas, que afrontam a realidade hoje vigente, buscando omitir tudo o que se fez, tencionando tão somente alterar a rota segura que foi traçada lá atrás.
Prosseguir nesse caminho exitoso mostra-se, portanto, absolutamente imprescindível.