Os trabalhadores do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) deverão paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir do próximo dia 30 de setembro.
A categoria vem realizando paralisações parciais com o objetivo de pressionar a empresa, ligada ao Ministério da Fazenda, a avançar nas negociações relativas à Campanha Salarial 2015/2016.
A decisão foi tomada em Assembleia que aconteceu na última sexta-feira (18/9), momento em que também foi rejeitada a proposta econômica da empresa que prevê um reajuste para 2015 de 5,5%, retroativo a maio; em 2016, 5% na data-base; 4,75% na data-base, em 2017; e 4,5% na data-base em 2018. “Rejeitamos essa proposta por entender que ela significa arrocho salarial e porque ela é ilegal, conforme o artigo 614, parágrafo 3º da CLT”, explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de TI (SINDPD/PE) Glaucus Lima.
Dentro do calendário de atividades que antecede a greve, os trabalhadores promovem esta semana três dias de paralisações parciais, tendo início na tarde terça-feira (22/9).
A categoria fará paralisações ainda na manhã da quarta-feira (23/9) e na tarde da quinta-feira (24/9).
Como atividade de mobilização, os trabalhadores do SERPRO farão um ato em frente ao prédio do Ministério da Fazenda (bairro do Recife) na manhã desta quarta-feira, em conjunto com os servidores públicos federais, que também estão em campanha.
O objetivo é pressionar o Ministério a liberar recursos para que a empresa venha a apresentar uma nova contra-proposta.
O SERPRO reúne cerca de 800 trabalhadores em Pernambuco e 12 mil em todo o país e é responsável por executar todo o serviço de tecnologia da informação aplicado na Receita Federal.
Em Pernambuco, os empregados da empresa estão distribuídos na sede regional (bairro do Parnamirim) e nos clientes atendidos, que são a Receita Federal, Superintendência da Receita Federal e o Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC).