O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) chegou a ter o nome lançado à Presidência da Câmara, no dia 17 dezembro, recebeu o apoio do PSDB, do PV e do PPS, além do próprio PSB.
Mineiro de Juiz de Fora, o parlamentar teve atuação no Conselho de Ética em episódios envolvendo denúncias de corrupção.
Veja a nota de esclarecimento do deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) Desconheço a existência de qualquer investigação envolvendo o meu nome que tenha sido aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Novamente, estou sendo procurado pela imprensa para falar sobre um eventual inquérito relacionado com a reportagem da revista Veja, de junho deste ano.
Na ocasião, Veja divulgou que o delator Ricardo Pessoa, da UTC, teria me citado em sua delação premiada.
Diante disso, reitero: 1) Não recebi qualquer recurso do Grupo UTC para a minha campanha eleitoral.
Em agosto de 2014, eu era o presidente do PSB do Estado de Minas Gerais quando um repasse de 150 mil reais foi feito pela empresa diretamente para a conta bancária do partido.
A referida doação de campanha foi destinada a 16 candidatos a deputados estaduais e federais do PSB.
Todas as transferências estão declaradas à Justiça Eleitoral e disponíveis para consulta pública. 2) Desde o primeiro dos meus cinco mandatos como deputado federal, escolhi o caminho da ética e de defesa boa política.
Por isso, sempre fui um parlamentar atuante nos processos de investigação na Casa.
Na CPMI da Petrobras, encerrada em dezembro de 2014, apresentei cinco requerimentos de investigação e votei a favor de pedidos semelhantes de iniciativa de deputados e senadores. 3) No primeiro dia de instalação da CPI de Petrobras na Câmara dos Deputados, em março deste ano, apresentei requerimento de convocação para depoimento de todos os proprietários das empresas envolvidas nas denúncias da Operação Lava Jato da Polícia Federal, inclusive o sócio majoritário da UTC. 4) Na última terça-feira (15.09), finalmente, o dono da UTC compareceu à reunião da CPI da Petrobras.
Então, tive a oportunidade de inquiri-lo de maneira enfática sobre as informações infundadas prestadas por ele durante a delação, segundo a reportagem de Veja.
O empresário calou-se, respondendo com seu silêncio.
Frente a frente, disse que Ricardo Pessoa mentiu a meu respeito.
Enfatizei que nunca fiz nada para beneficiá-lo na CPMI da Petrobras em 2014.
Pelo contrário, votei a favor do relatório paralelo do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que recomendava o indiciamento do delator. 5) Por uma questão de coerência moral e política, na mesma reunião da CPI da Petrobras, formalizei o meu afastamento da Comissão.
Sempre defendi que todo e qualquer homem público deve se afastar para que as investigações ocorram com lisura, isenção e transparência.
Tenho a consciência tranquila da total legalidade e da licitude dos meus atos.
Sou o maior interessado no esclarecimento dos fatos.
Devo isso aos mineiros que me escolheram para representá-los no Parlamento brasileiro.
Historicamente sempre defendi que toda denúncia deve ser investigada, contra tudo e contra todos, doa a quem doer.
Essa é a postura que tenho adotado na minha vida.
Quem nada deve, nada teme. É o meu caso.
Deputado Federal Júlio Delgado (PSB-MG)