O primeiro projeto prevê criação de dois batalhões e uma Companhia Independente.
Já a segunda matéria concede reajuste de 8% a servidores do Ministério Público.
Foto: Rinaldo Marques A Comissão de Finanças aprovou, nesta quarta-feira (16), o Projeto de Lei nº 429/2015, do Poder Executivo, que cria gratificações no âmbito da Secretaria de Defesa Social (SDS) para a instalação de três unidades da Polícia Militar.
Durante a reunião, também foi aprovada proposição do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que reajusta em 8% os vencimentos dos servidores do órgão.
As duas matérias também serão discutidas, nesta quarta, pelo Plenário.
Na justificativa, o Governo do Estado aponta que a criação do 25º BPM, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana, do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior, em Custódia, no Sertão, e da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Goiana, na Mata Norte, são necessárias para “um combate mais acentuado ao crime organizado”.
Para isso, a proposição cria gratificações por encargos de comando, prevendo dois postos de comandante de batalhão e oito de comandante de companhia.
Por outro lado, extingue 17 funções de Comandante de Pelotão Destacado.
Presente na reunião, o chefe de Unidades Operacionais da SDS, Airton Menezes, ressaltou que a medida não provoca aumento de despesas com pessoal, pois faz mudanças quantitativas, sem alterar os valores.
A informação foi endossada pelo relator da matéria no colegiado, deputado Lucas Ramos (PSB). “Não haverá prejuízo com o deslocamento de policiais para estas unidades, pois 1.117 novos praças concluíram a formação em agosto e passarão a servir à Polícia Militar de Pernambuco”, acrescentou.
SERVIDORES A Comissão também deu parecer favorável ao PL nº 410/2015, do Ministério Público.
A proposta reajusta em 8%, retroagindo a 1º de maio, os vencimentos base dos cargos de analista e técnico ministeriais.
O aumento é extensivo ao quadro de pessoal suplementar, às funções gratificadas, cargos comissionados, aposentadorias e pensões.
As despesas serão pagas com dotações orçamentárias próprias do órgão.
Na reunião, o coordenador de Finanças e Contabilidade do MPPE, Artur Oscar Gomes de Melo, indicou que o reajuste recompõe as perdas inflacionárias.
Além disso, explicou que o impacto no aumento de despesa com pessoal - R$ 5,021 milhões por ano – está dentro da capacidade financeira e orçamentária da instituição.
Segundo ele, por conta da crise, o órgão está adotando medidas de contingenciamento, cortando, sobretudo, valores gastos com gratificações, diárias e combustíveis. “A proposição está dentro do limite prudencial (do MPPE) previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que hoje é um dos menores entre as instituições do Estado”, assinalou o relator da proposta, Sílvio Costa Filho (PTB).