Veja o discurso de Dilma, em Presidente Prudente Eu queria explicar também que vai acontecer com o Minha Casa Minha Vida 3.
Aí, eu vou explicar para vocês, principalmente para as famílias que ainda não têm a casa própria.
O que nós vamos fazer?
Nós, hoje - e depois eu também vou falar disso -, vivemos um momento de dificuldades.
Todas as famílias sabem o que é passar por um momento de dificuldade; diminui um pouco o dinheiro que você tem, diminuiu um pouco o dinheiro que nós temos.
Então, nós vamos começar o Minha Casa Minha Vida 3 com cuidado, mas vamos começar.
Não vai haver hipótese da gente não continuar o Minha Casa Minha Vida 3.
Não há essa hipótese.
Todo o esforço que nós estamos fazendo para cortar as despesas do governo é para que o Minha Casa Minha Vida 3 possa ser contratado e ser entregue.
Que ele vai ser entregue para além de 2018, eu não tenho dúvida, mas assim como nós hoje ainda temos 1,5 milhão de casas para entregar, porque elas estão sendo construídas, depois vai acontecer a mesma coisa.
Nós vamos fazer com cuidado, tendo em consideração as dificuldades, como qualquer família, a gente dá uma apertada no cinto, tem que dar uma apertada no cinto, e a gente preserva aquilo que é melhor para o futuro das pessoas, é para isso que a gente está fazendo o aperto no cinto, não é para acabar com tudo, pelo contrário, é para conseguir manter aquilo que é mais importante, que é como uma mulher, dona de casa, faz quando sua família enfrenta dificuldades.
Eu queria dizer uma outra coisa para vocês, tem muita gente no nosso País que hoje aposta no quanto pior, melhor.
Que acha que se piorar na política, é melhor para eles e se piorar na economia também é pior para eles, aliás, é melhor para eles.
Eles acham que o quanto pior, melhor, beneficia eles.
E não olham se o quanto pior, melhor, não prejudica a população.
Porque prejudica é a população.
Então, o que eu quero dizer para vocês, na política o quanto pior leva ao pior, porque nós conquistamos a democracia com imenso esforço.
Qual é a base da democracia?
A base da democracia é a legalidade e a legitimidade dada pelo voto.
Voto de quem?
Voto de cada um dos brasileiros e das brasileiras.
Essa é a legitimidade e a base da democracia.
Aí, eu queria dizer para vocês.
Qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. É golpe.
Principalmente quando esse caminho é feito só de atalhos, é feito só de atalhos questionáveis.
Além disso, eu queria dizer para vocês a parte que mais me interessa: o outro caminho é torcer para o Brasil piorar, é ter o pessimismo na cabeça, é achar que tudo vai dar errado.
Quem acha que tudo vai dar errado chama o erro para si mesmo.
Quem acha que tudo está ruim, chama a dificuldade para si mesmo.
A gente tem de ter, primeiro, tranquilidade para reconhecer onde está o problema.
Nós, hoje, queremos fazer duas coisas importantes: a primeira, controlar a inflação que corrói o salário e a renda do trabalhador e o lucro do empresário.
Primeiro, então, controlar a inflação.
Segundo, como qualquer família, nós queremos equilibrar o nosso orçamento, queremos diminuir o desequilíbrio e ainda por cima fazer uma pequena, pequenininha, poupança para o ano que vem, para o outro ano, para o outro ano.
A segunda coisa que nós queremos fazer é continuar assegurando tanto programas sociais quanto investimentos.
E aí, no quesito investimentos eu quero dizer que o meu governo mantém os compromissos com a região de Presidente Prudente.
O nosso cálculo é que desse momento em diante nós iremos investir em torno de R$ 700 milhões.
E eu queria fazer um rápido balanço para vocês do que nós já fizemos aqui na região: nessa região administrativa de Presidente Prudente, 11 mil e 800 famílias já receberam a casa própria; 6.400 nesta região mais próxima aqui de Presidente Prudente.
E tem 2.300 moradias ainda em construção que ainda vão ver sorteadas e ainda vão ser entregues aqui.
Com recursos do PAC, nós temos ajudado a resolver dois problemas que para nós são importantíssimos: um que ninguém vê, que é saneamento, é assegurar esgoto tratado.
Ninguém vê o esgoto, mas todo mundo vê a consequência de não ter esgoto, que é a doença das crianças, a doença dos mais velhos, sobretudo.
Além disso, nós aqui temos o orgulho de ter feito também canalização de córregos.
Como essa é uma região muito forte de produção agrícola, nós temos tido o cuidado de destinar recursos sempre crescentes de uma safra à outra safra para assegurar o desenvolvimento aqui da região.
E o que é mais importante: com o Mais Médicos nós garantimos 40 médicos para os 17 municípios da região que aderiram ao programa.
Esse programa é um programa que leva atenção básica de saúde à todas as pessoas, principalmente, as que mais precisam.
O prefeito Tupã já falou das UPAs, nós temos várias UPAs em obras.
E tem algo que eu tenho muito orgulho, que são as creches.
Por que eu me orgulho das creches?
Porque construir creches no Brasil não é só construir porque as mulheres precisam trabalhar. É verdade, nós precisamos trabalhar e ter onde deixar nossos filhos.
Mas não é só por isso que você constrói creche, não.
A creche você constrói mesmo é para crianças.
As mães se beneficiam, mas a creche é para criança.
Para quê a criança?
A criança… tá provado, gente, tá provado isso, que de 0 a 3 anos e um pouco mais, de 3 a 5, ali, é nesse momento que as capacidades cognitivas, que a capacidade de aprender, que a capacidade de raciocinar, aquilo que vai ser fundamental ao longo da vida, se forma.
E a criança, toda criança é assim, quanto mais estimulada melhor ela se desenvolve, mais plenamente ela desabrocha.
A creche é para isso, é para garantir que as crianças, mesmo quando as suas famílias tenham renda menor, tenham à sua disposição aquilo que tem de melhor para o seu desenvolvimento.
E é isso que fará a diferença no futuro do Brasil. É isso que transformará esse País.
Sabe o que transforma um país?
Vou dizer para vocês: igualdade de oportunidades.
Cada um de nós é diferente do outro, cada um de nós tem um jeito, cada um de nós… ninguém é igual a ninguém.
Isso é assim.
Porém, as oportunidades que as pessoas têm tem de ser as mesmas.
Não interessa nome, sobrenome, quem é, filho de quem, é uma questão de oportunidade.
E ai eu quero contar, vocês me permitam, antes de acabar, uma pequena história.
Tem uma olimpíada chamada Olimpíada do Conhecimento.
Na Olimpíada do Conhecimento participam os países com maior nível técnico do mundo.
Principalmente vou citar alguns Alemanha, a Coreia do sul, participam a França, a Suíça, o Japão.
Países que têm muita capacidade tecnológica.
A gente sempre concorreu, a gente sempre participou.
A gente ficava em 5º lugar, uma vez a gente ganhou o 3º, mas a gente nunca tinha chegado ao 1º lugar.
Este ano nós ganhamos, o Brasil ganhou a Olimpíada do Conhecimento, 1º lugar.
Tanto em medalhas quanto em medalhistas nas diferentes categorias ouro, prata, bronze, mérito, nós ganhamos.
Até ai vocês podiam falar “ótimo mesmo, ganhamos”.
Mas quem ganhou?
Dos jovens que ganharam, 84% tinham tido a oportunidade de fazer o Pronatec.
E ai fez o Pronatec, que é justamente o que estava falando para vocês, assegurar a igualdade de oportunidades.
Fez o Pronatec, está muito bem, e 74 ou já tinha feito ou estava fazendo, que é esse programa de formação profissional que nos construímos junto em parceria com o Sistema S.
Além disso, o que mais aconteceu… acontece que um dos medalhistas de ouro ele vinha de uma família que tinha recebido o Bolsa Família para poder criar seus filhos com dignidade.
Ele teve uma oportunidade do Pronatec e a família dele do Bolsa Família, e ele mostrou, com o esforço dele, certamente com o apoio da família, mas com a oportunidade que o governo deu, que ele chegava lá.
Que era só dar a oportunidade que ele crescia e chegava lá. É isso que hoje nós estamos fazendo aqui.
Nós estamos construindo oportunidades melhores para as pessoas porque é óbvio que uma família que é criada nesse ambiente que vocês vão construir aqui tem muito mais condição de crescer na vida, de melhorar de vida, de construir seu próprio caminho.
Por isso eu vou parabenizar vocês, porque agora é tudo com vocês.