Antes de viajar a Presidente Prudente, a presidente Dilma due uma entrevista para a Rádio Comercial 1440 AM de Presidente Prudente, com o apresentador Miguel Francisco.
No ar, Duilma reclamou da oposição e disse que ela aposta no quanto pior melhor.
Dilma também afirmou que nenhum país que enfrentou problemas saiu propondo ruptura democrática como forma de saída da crise.
Aécio Neves havia dito que Dilma seguia ignorando gravidade da crise e erra ao atacar oposições.O senador de Minas Gerais afirma ainda que PSDB e governadores tucanos já se declararam contrários à volta da CPMF.
Na cidade do interior paulista, nesta quarta, a presidente vai entregar 2.343 casas do programa Minha Casa Minha Vida. “O Brasil tem uma solidez institucional.
Todos os países que passaram por dificuldades, você não viu nenhum país propondo a ruptura democrática como forma de saída da crise.
Esse método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe.
Atualmente, o que nós temos que fazer é o seguinte: unirmo-nos, todos juntos.
E o mais rapidamente, independentemente das nossas posições e interesses pessoais ou partidários, tomarmos o partido do Brasil, o partido que leva à mudança da nossa situação.
Por isso é fundamental muita calma nessa hora, muita tranquilidade.
E a certeza que eu posso te garantir uma coisa: o governo trabalha diuturnamente, incansavelmente para garantir a estabilidade econômica e política do País”, declarou. “Eu não sei se você sabe, mas muitos países, nessa década, passaram por situações de crise e tiveram as suas notas de risco rebaixadas.
Isso aconteceu tanto com os Estados Unidos…
Os Estados Unidos, em 2011, como também com a França, com a Itália, com a Espanha, em 2012.
E agora aconteceu conosco.
Todos os países foram muito maiores que suas notas e o Brasil é muito maior que a sua nota também.
Todos voltaram a crescer, e assim vai ser com o Brasil também”.
Em uma avaliação sobre o momento político e a estabilidade do seu governo, a pedido do radialista, Dilma voltou a criticar a oposição. “Eu acredito que tem ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que nós sejamos uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular.
Essas pessoas, geralmente, elas torcem para o “quanto pior melhor”.
E aí é em todas as áreas, quanto pior melhor na área da economia, quanto pior melhor na área da política.
Todas elas esperando uma oportunidade para pescar em águas turvas”.
Dilma disse que está trabalhando para que a nossa economia se torne cada vez mais sólida para aumentar a confiança dos agentes econômicos em relação aos investimentos para permitir que o Brasil volte a crescer.
O radialista havia começado o debate falando sobre economia, principalmente o rebaixamento da nota do Brasil pela agência Standard. “Isso preocupa a senhora em buscar investimentos no exterior nesse momento, considerado por alguns especialistas, um momento crítico?”, questionou. “Até porque o Brasil é uma economia grande e diversificada, nós somos a sétima economia do mundo e, por isso, vamos atravessar esse período de crise que muitos países passaram, que nós, inclusive, procuramos de todos os meios evitar, não foi possível.
E vamos fazer todas essas medidas, tanto as de reequilíbrio, ou ajuste fiscal, e as de estímulo ao investimento, à agricultura, para voltar a crescer e gerar emprego”, afirmou. “Nós estamos tomando todas as medidas para nós, não por causa da nota, mas para nós mesmos.
Estamos honrando nossos compromissos e contratos.
Não temos problemas de crédito internacional, nem tampouco problema para atrair investimento para o Brasil.
Aliás, somos um dos países em que mais há entrada de capital para isso.
Nós também estamos tomando dois tipos de medida: uma é de controle da inflação e de equilíbrio fiscal do nosso orçamento federal; e as outras são de estímulos ao crescimento, como o programa de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos”.
Média com a mulher “Estamos aqui torcendo pelo seu governo, porque torcer pelo seu governo é torcer pelo Brasil.
Agora, um pedido de um brasileiro: a professora Maria Solange Caravina, mãe do meu filho, é professora da rede estadual aqui em Presidente Prudente, ela é petista e “Dilma Rousseff” até o tutano dos ossos, ela está ouvindo a rádio.
Se a senhora mandar um abraço para ela, ela vai ficar muito feliz comigo, senhora presidenta”, pediu o radialista.
Ele foi atendido. “Maria Solange Caravina, eu quero te dizer uma coisa, Maria Solange, quero primeiro agradecer esse abraço, esse beijo, pelas ondas da Rádio Comercial 1440 AM de Presidente Prudente.
E te dizer o seguinte: é por pessoas como você que a gente continua firme lutando pelo Brasil.
Um abraço e um grande beijo para você”.
Nem nossos radialistas locais chegaram a tanto.
Medidas no improviso O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, do PSDB, havia afirmado que o governo federal anunciou as medidas contra a crise no improviso, sem discuti-las sequer com sua própria base no Congresso. “A presidente da República deveria, antes do anúncio midiático dessas medidas, conversar com a sua base e apresentar ao Congresso uma proposta que seja do conjunto daqueles que lhe apoiam.
O que estamos assistindo aqui é um conjunto de ideias montadas de forma absolutamente açodada.
Imaginem vocês que em um final de semana, alguns ministros se reúnem no Palácio da Alvorada e saem de lá com cortes de bilhões.
Como se isso fosse exequível.
Porque se é exequível, a irresponsabilidade foi não ter feito isso lá atrás.
Isso não é uma brincadeira”, criticou Aécio Neves.
Para o senador tucano, a presidente manipula o Orçamento de forma irresponsável, o que deve inviabilizar a aprovação das medidas. “Infelizmente a presidente da República manipula o Orçamento ao prazer das circunstâncias, premida pelas circunstâncias e pelas pressões que vem sofrendo.
E a absoluta falta de credibilidade da presidente e do seu governo, a meu ver, levará que muitas medidas que dependem de aprovação do Congresso Nacional não sejam aprovadas”, avaliou o senador.