Como diz o ditado popular, além da queda, o coice.

Aos poucos, a família do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE) está deixando os apartamentos de um edifício de luxo localizado na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, por mandado judicial.

A mudança de endereço nada tem a ver com a operação Lava Jato, de Curitiba, nem com o Mensalão, em que foi condenado inicialmente.

Trata-se de briga na justiça, com a Incorporadora São Simão, dona do edifício de mesmo nome.

LEIA MAIS: » Pedro Corrêa é preso pela Lava Jato » Pedro Corrêa usava email “Nossa Senhora Aparecida” » Pedro Corrêa depõe à Justiça Federal sobre a Lava Jato De acordo com informações de bastidores, Pedro Corrêa havia recebido cinco imóveis no mesmo prédio - inclusive uma cobertura de mil metros quadrados - em troca de uma área com a construtora São Simão.

A prática é comum no mercado imobiliário.

O problema é que a área ofertada na troca – onde está localizado o Parque Dona Lindu – não pode depois ser desembaraçada.

Segundo processo que corre no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o terreno ofertado por Corrêa pertence à União Federal, que entrou com uma ação para reavê-lo.

Em 2002, após perder a área para a União, a São Simão entrou com ação para reintegração de posse dos imóveis do ex-deputado.

Em 2006, foi expedida a sentença de reintegração dos cinco imóveis.

Dois apartamentos teriam sido devolvidos no ano passado - sendo um da filha de Corrêa, Clarice.

A qualquer momento, o desembargador responsável pelo caso, Fernando Martins, pode deferir a sentença de reintegração dos outros três imóveis.

O filho Fábio Neto mudou-se para próximo ao shopping Recife.

A filha Clarice, ex-mulher do ex-deputado Roberto Teixeira, foi morar em outro prédio em Piedade.