Após 20 anos, o ancoradouro recifense voltou a contar com água da Compesa para fornecer as embarcações que atracam.

A mobilidade urbana na região agradece, pois vão sair de circulação muitos carros-pipa.

A Compesa havia deixado de fornecer água aos navios numa época em que o abastecimento no Bairro do Recife ficava aquém das necessidades do terminal portuário e das embarcações, com um rodízio de um dia com água para nove sem água.

No entanto, graças aos investimentos feitos no saneamento nos últimos anos, foi possível mudar essa realidade.

O primeiro deles foi a conclusão do Sistema Pirapama, que permitiu um aumento de 50% na oferta de água da RMR e o projeto de modernização da rede de distribuição do Bairro do Recife, um investimento de R$ 2,5 milhões que se somam aos R$ 600 milhões aplicados em Pirapama.

O veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil, atracado no Porto do Recife desde o dia 12 até 16 de setembro, foi abastecido com água fornecida pela Compesa, foram cerca de 10 metros cúbicos, durante uma hora de abastecimento.

O retorno do fornecimento de água é fruto de uma parceria entre a Compesa e o Porto do Recife que investiram na modernização de seus sistemas de distribuição e armazenamento, respectivamente, a fim de atender aos padrões técnicos e de qualidade internacionais.

Desde dezembro de 2011, com o início da operação do Sistema Pirapama, houve um incremento da oferta de água para a área plana do Recife, o que engloba o centro antigo da cidade e a região portuária.

Além disso, a Compesa concluiu a primeira etapa do projeto de setorização no bairro.

Trata-se da modernização e adequação da rede de distribuição, o que inclui troca de tubulações, minimizando os riscos de vazamentos, e maior controle de vazão, aumentando a confiabilidade do sistema. “Com esses dois investimentos, demos um salto na qualidade do nosso serviço no Bairro do Recife, o que nos credenciou para retomar o contrato com o porto da cidade”, rememorou o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

Para que os navios voltassem a receber água da Compesa, o Porto do Recife precisou fazer ajustes em seu sistema interno de armazenamento e distribuição, seguindo normas pré-estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com a consultoria e o apoio técnico da Compesa, foram instalados três novos dosadores de cloro nos dois reservatórios internos do porto, de onde sai a água para o prédio administrativo e para os 12 hidrantes instalados em pontos estratégicos nos cais de atracação.

Os dosadores garantem que o nível de cloro da água que chega ao navio permaneça igual ao da rede de distribuição da Compesa.

Esse reforço é importante porque, como a água precisa percorrer um longo caminho entre a rede e o cais, sob altas temperaturas, poderia haver perda de cloro por evaporação dentro da tubulação. “Tomamos todas as precauções a fim de garantir não apenas o fornecimento contínuo, mas um produto de qualidade com a garantia da Compesa”, disse Olavo de Andrade Lima, presidente do Porto do Recife.