Na agência sindical O presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos, reagiu à ideia do governo de impor congelamento de salários do funcionalismo. “Não aceitaremos pagar todo o ônus do ajuste fiscal”, afirmou à Agência Sindical.
Ele comenta que recebeu essa notícia, anunciada ontem (14) pelos ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda), com muita preocupação.
Ele informou que foi convocada reunião de emergência da direção da CSPB para esta terça.
Ainda na tarde de segunda, o governo anunciou cortes de R$ 26 bilhões do orçamento. “Os salários dos servidores já estão congelados na prática.
As propostas de reajuste que estão sendo negociadas pelo governo sequer cobrem as perdas inflacionárias.
E se ainda mudarem as regras do jogo em plena negociação, seremos obrigados a tomar as devidas providencias”, diz.
O sindicalista, secretário Nacional de Finanças da Nova Central, advertiu que se o Planalto insistir com essa proposta, que prevê adiamento do reajuste dos servidores para agosto de 2016, vai gerar uma revolta no funcionalismo. “O governo, que já está com boa parcela dos seus servidores em greve, pode enfrentar uma paralisação generalizada”, lembra.
Segundo informações do Ministério do Planejamento, o adiamento do reajuste dos servidores garantiria uma economia de R$ 7 bilhões para cobrir o déficit.
Outros R$ 1,5 bilhão seriam obtidos por meio da suspensão de concursos públicos.
O governo também quer acabar com o abono de permanência (R$ 1,2 bilhão), que beneficia 101 mil servidores.