Fraco desempenho da construção civil, que teve queda de 13,5%, contribuiu para resultado negativo.
Foto: Reprodução A desaceleração na economia pernambucana, motivada sobretudo pelo fraco desempenho da construção civil e pelo desaquecimento do setor imobiliário, está refletida nos números do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
Houve uma queda de 3,5% na economia de Pernambuco no segundo trimestre de 2015, em relação ao mesmo período de 2014.
O Produto Interno Bruto (PIB) estadual gerado no 2° trimestre foi de R$ 36,8 bilhões, que somado ao do trimestre anterior, acumula o valor de R$ 75,1 bilhões, o que fez com que o PIB-PE apresentasse redução de 1,1% no 1° semestre deste ano.
O desempenho da economia foi apresentado nesta sexta-feira (11), na Agência Condepe/Fidem.
Segundo as conjecturas feitas pelo presidente Agência, Flávio Figueiredo, o crescimento para este ano deve ser de zero e 0,5%.
O PIB de Pernambuco vinha sendo maior que o do Brasil, porém, no segundo semestre deste ano, a queda do Produto Interno Bruto pernambucano foi maior que do País.
Fonte: Condepe/Fidem.
A agropecuária foi o único setor que apresentou crescimento (7,0%).
A agricultura cresceu 6,3%, impulsionada pelas lavouras temporárias (10,0%), com destaque para cana-de-açúcar, feijão e mandioca.
As lavouras permanentes demonstraram estabilidade (0,4%), influenciadas pelo desempenho positivo de manga e uva.
A pecuária cresceu 7,8%, destacando-se a pecuária leiteira e a produção de ovos.
Fonte: Condepe/Fidem.
A indústria sofreu uma retração de 5,9%.
Contribuíram para este resultado a forte queda na construção civil (13,5%) e o resultado negativo da indústria de transformação, pois esta última havia apresentado crescimento (3,3%) no primeiro trimestre, mas neste segundo trimestre apresentou recuo de 5,7%.
A queda na construção civil (13,5%) foi superior à do primeiro trimestre (5,3%), o que revela o aprofundamento dos efeitos da recessão e do ajuste fiscal sobre essa atividade, bem como a asfixia no segmento da construção pesada, decorrente da conjuntura nacional instável no campo econômico, politico e social desde o 2º trimestre de 2014, interferindo negativamente sobre o ambiente de negócios.
Para o desempenho negativo da indústria de transformação, concorreram segmentos que dependem, em algum grau, da demanda da construção civil (produtos de metal, metalúrgica, máquinas, aparelhos e material elétrico), bem como de encomendas do setor de petróleo e gás (outros equipamentos de transporte).
A única atividade do setor industrial com comportamento positivo foi a de serviços industriais de utilidade pública (3,4%), em consequência do crescimento da geração termoelétrica e da distribuição de energia.
Nos serviços, o comércio (-8,5%) e os transportes (-3,9%) foram os que mais contribuíram para a queda de 3,1%, no 2º trimestre de 2015 em comparação ao 2º trimestre de 2014.
Confira a íntegra da apresentação do PIB pernambucano: Apresentacao divulgação do PIB PE 2 tri 2015