No debate do Cidade Viva, nesta tarde de quinta-feira, o secretário da Fazenda da gestão Paulo Câmara, Márcio Stefanni, disse que não estava em discussão, no governo, como prioridade, o corte no número de secretarias.

Até o fim do ano essa discussão poderá evoluir, mas ele não deu certeza.

O secretário evitou comentar as áreas que seriam mais afetadas pelo corte, explicando ainda que o governo Paulo Câmara estava aguardando o encaminhamento dos ajustes da União.

Mesmo de forma indireta, Márcio Stefanni criticou o tamanho da máquina, ao falar do número de secretarias, com o eufemismo de discutir o tamanho do Estado. “Não podemos demitir servidores estáveis.

Os cargos comissionados são menos de 1% dos 220 mil vínculos (de trabalho)”, pontuou. “(No passado recente) tudo indicava que Pernambuco iria voltar a crescer.

Os acordos (salariais) com professores e médicos, para quatro anos, antes pareciam realistas, hoje podem parecer sonho”, comentou, de forma muito diplomática.

Neste debate, o homem que está no centro do monitoramento dos cortes na máquina pública, ao mesmo tempo em que acompanha a evolução na receita, aproveitou sua participação no programa Cidade Viva para defender a necessidade de aumento de impostos estaduais, se necessário.

Stefanni ainda lembrou que o governador Paulo Câmara nomeou mais de mil policiais, como reação ao aumento da violência, mas o Estado não pode descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com aumento de despesas de pessoal. “Quando os governos atingem um limite de gastos, não podem contratar.

O Estado inchou muito?

O Estado está grande demais?

Tiramos médicos ou professores?”, comentou, pedindo aos entrevistadores que imaginassem o que seria trabalhar com R$ 1 bilhão a menos, com a mesma despesa do ano passado e inflação, com menos dinheiro.