Pressionado a falar sobre a queda de padrão no atendimento à saúde dos pernambucanos, especialmente nas UPAs, usadas como propaganda socialista, o secretário de Fazenda, Márcio Stefanni, chegou a reclamar da política monetária do governo Dilma para justificar parte dos problemas.
Inicialmente, o secretário frisou que a rede era usada não apenas pelos pernambucanos, mas também pelos estados vizinhos, sem que o Estado pudesse negar atendimento.
Depois, Stefanni reclamou na queda dos repasses, citando que a União paga menos do que pagava no passado.
Já o Estado elevou de R$ 250 mil para R$ 750 mil o custo unitário com as upas.
Finalmente, o argumento federal. “A crise afeta o Estado, afeta os cidadãos.
E nós não temos política monetária, de crédito, ou juros, para nos financiar.
Vejam o caso dos juros a 14,5% ao ano.
Cada ponto percentual (ao elevar a dívida pública) representa menos dinheiro da união em saúde pública”, arrematou.
O secretpário só faltou pedir as pessoas que não olhassem apenas para a febre (queda no atendimento nas Upas) mas também para as causas da febre (financiamento do Estado).
Ao falar de obras, embora não seja a sua área, o secretário prometeu a um internauta do interior que as obras da PE 101 começariam agora em setembro.
Ele destacou que, apesar dos cortes de crédito, a área de estradas não contava com esses problemas porque contava com receitas carimbadas.
Depois, consultado sobre o atraso na licitação da BR 101, evitou prolongar-se, apesar de prometer que até o final do ano estará concluída a licitação e o início das obras, afetadas pela Lava jato, já que a empresa que venceu a licitação desistiu da obra.
Antes, uma operação tapa buraco vai tentar melhorar as condições da via.
No programa, Stefanni revelou ainda que o governo do Estado gasta por ano cerca de R$ 100 milhões com o pagamento de medicamentos por determinação de liminares judiciais.
Ele citou os números para demonstrar o que chamou de privilégios. “Chegamos a pagar por medicamentos que não foram nem homologados ainda pela Anvisa.
Tudo para cumprir ordens judiciais.
Tiramos do conjunto da população para atender aos indivíduo.
Há privilégio em detrimento de outros”, afirmou, antes de fazer um alerta. “Temos que pensar nos oito milhões de Pernambucanos”, disse, em referência a um senhor que cobrava insulina, com base em decisão judicial.