Foto: Fernando da Hora/JC Imagem Por Paulo Veras do Jornal do Commercio O ex-governador de Pernambuco, Roberto Magalhães (DEM), e atual o vice-governador, Raul Henry (PMDB), apontaram a saída do cargo da presidente Dilma Rousseff (PT) como uma forma de melhorar a crise política e econômica no País, durante o debate da Rádio Jornal desta terça-feira (8).

Para ambos, um governo de coalizão em torno do vice-presidente Michel Temer (PMDB) poderia ajudar a passar um sinal de confiança para a economia. “O que seria a vantagem dele?

Primeiro, afastar Dilma do cenário.

E então, assumindo ele, assumia um companheiro de chapa de um partido aliado.

Então qual é o trauma?

Trauma é o que está aí.

Trauma é continuar com o que está.

O Brasil vai aguentar até quando isso que está aí?”, questionou Magalhães.

Para o ex-governador, a posse de Temer não poderia ser considerada um golpe, já que o poder ficaria nas mãos do mesmo grupo de partidos aliados.

Para Raul Henry, a crise é causada pela condução irresponsável que o PT teve na economia, e afirmou que um novo governo poderia retomar o investimento privado, para tirar o país “do buraco no qual nós nos encontramos”. “Eu acho que seria muito bom para o país (a renúncia) para que você retomasse o grau de confiança na economia”, disse.

Tanto Roberto Magalhães, quanto Raul Henry, porém, disseram ser difícil que Dilma renuncie, pelo perfil da presidente. “Primeiro, pelo temperamento.

Segundo, pela ideologia.

Ela não está ali apenas como presidente.

Ela está cumprindo uma missão dentro dessa grande jogada continental de Lula e desses outros aí, inclusive o índio lá da Bolívia (Evo Morales) que ameaça invadir o Brasil”, pontuou Magalhães.

Segundo Raul Henry, mesmo que a renúncia seja algo unilateral, o ambiente econômico do Brasil tem se deteriorado numa velocidade muito grande. “Na semana passada, alguns empresários que têm liderança no Rio e em São Paulo deram declarações em favor dela, mas não houve uma retomada da confiança no país.

Isso é muito ruim”, explicou.

Por outro lado, o peemedebista alertou que um processo de impechment precisa seguir os pressupostos constitucionais. “O Brasil construiu um grande patrimônio, que é a estabilidade institucional que nós temos.

Que é melhor do que a da Rússia, da China, da Índia, dos grandes países em desenvolvimento do mundo.

E nós temos que preservar isso”, disse.