O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, aproveitou uma reunião plenária desta quinta-feira, na Alepe, para bater duro na oposição.
Borges chamou a atenção para o que classifica de descolamento da oposição em relação à realidade do país, quando cita as dificuldades de Pernambuco como se o estado estivesse imune à crise econômica que todo o Brasil amarga. “A oposição está perdendo o contato com a realidade.
Parece que, como Dilma, ainda não entendeu a magnitude da crise”, pontuou. “Não se pode isolar o quadro estadual da situação de crise na economia nacional”, argumentou.
Ele citou manchetes do dia de hoje dos grandes jornais do país, que destacam a queda na produção industrial nacional, na venda de carros, nos cortes na saúde e agora no setor de alimentação.
Referiu-se ainda, lendo manchetes do dia, à possibilidade de aumento de impostos, a redução de programas federais como o Ciência sem Fronteiras e a alta do dólar. “A realidade é dura e tem atacado os estados brasileiros a partir do desmantelo da economia nacional.
Pernambuco não está isento, mas ainda assim tem conseguido fazer o aperto sem causar consequências tão trágicas como vem ocorrendo em outros estados, nos setores estratégicos”, disse, apontando a necessidade de se rever o pacto federativo para garantir maior autonomia aos entes federados.
Borges citou como exemplo que quase todas as UPAEs estão contando apenas com o Governo Estadual para sua manutenção.
Ele ainda perguntou à oposição como dissociar as causas e as consequências quando a Petrobras, por exemplo, decide que não vai investir os R$ 4,8 bilhões que estavam previstos na conclusão da Refinaria em Pernambuco. “Só nos primeiros seis meses do ano, o estado amargou 80 mil desempregos e isso é muito grave.
Isso não tem causa?
Vem do além?” perguntou, jocosamente. “Na hora que se separa o assunto, eu acho que não se quer discutir ele, acho que o que se quer é fazer luta política na sua versão mais rasteira e não resolver essas questões.
Além, é claro, de buscar se isentar da responsabilidade que o Governo Federal tem sobre o que vem ocorrendo no Brasil", afirmou.