O recifense está de alma leve com a condenação do TJPE aos monstros da privada.

Envergonharam a cidade perante o mundo, mas agora vão pagar o preço da loucura que cometeram.

Como já é sabido, o júri popular decidiu, na noite desta quarta-feira (2/9), pela condenação dos três réus acusados do homicídio de Paulo Ricardo Gomes da Silva e de três tentativas de homicídio no Estádio do Arruda, ocorridos em 2 de maio de 2014.

Os pedidos do Ministério Público foram atendidos pelo conselho de sentença, formado por sete jurados.

O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, Jorge Luiz dos Santos Henriques, leu a sentença por volta das 22h30.

Ao todo, a sessão de julgamento, realizada no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no Recife, durou 13 horas.

As partes têm cinco dias para recorrer.

Everton Filipe Santiago de Santana foi condenado a 28 anos e 9 meses de reclusão, Luiz Cabral de Araújo Neto a 25 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão e Waldir Pessoa Firmo Júnior a 22 anos e 6 meses de reclusão por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima) e por três tentativas de homicídio.

Todas as penas deverão ser cumpridas inicialmente em regime fechado.

Ao fim do julgamento, os três réus retornaram ao Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel), onde já se encontravam presos.

Segundo os autos do processo, na noite do dia 2 de maio de 2014, no Estádio do Arruda, os réus Luiz Cabral de Araújo Neto e Waldir Pessoa Firmo Júnior, contando com a participação direta de Everton Filipe Santiago Santana, teriam arremessado dois vasos sanitários do alto da arquibancada, que atingiram, na área externa do estádio, Paulo Ricardo Gomes da Silva.

O rapaz, torcedor do Sport, morreu na hora.

O lançamento dos objetos também provocou lesões em Vanderson Wilderlan Gomes Alves, José Adrian Ferreira de Lima e Tarkini Kauã Gonçalves de Araújo.

O motivo dos crimes seria a rivalidade entre as torcidas organizadas do Santa Cruz e do Sport, que acompanhavam o jogo entre Santa Cruz e Paraná.