Mesmo com tantas inovações, o setor de saúde do País ainda carrega um déficit anual de R$ 15 bilhões na balança comercial.

O alerta foi dado pelo diretor de inovação do Hospital Israelita Albert Einstein, Cláudio Terra, durante palestra na 3ª Hospitalmed Nordeste, no Centro de Convenções, que aconselha as empresas a inovar.

Por conta das exportações de maquinário, o Brasil tem ficado para trás diante de outros mercados e precisa começar a produzir suas próprias tecnologias e investir em patentes de saúde.

A tecnologia pode ser a solução para muitos dos problemas de saúde. É o caso da impressora 3D, muito utilizada no segmento de manufatura, mas pouco explorada pelo serviço médico.

Para Cláudio Terra, a chance para desenvolver o segmento é agora. “Não tenho dúvidas do potencial da impressora e de que ela terá uma penetração muito grande na área em pouco tempo.

Mas atualmente, infelizmente, é pouco”, disse.

Com tamanho déficit, o que resta ao segmento é procurar inovar e capacitar os profissionais cada vez mais.

De acordo com Terra, é preciso trazer o mundo digital para dentro dos hospitais e clínicas de atendimento. “A saúde foi o setor menos afetado pela digitalização dos processos.

Basta olhar para outras áreas, como a logística e o comércio, que já tem produtos digitalizados e eletrônicos.

Caso não façamos nada agora por nosso segmento e mudar a forma de gerar inovação, os custos vão elevar de formas altíssimas, já que nossa população está envelhecendo”, pontua.

A constatação sobre envelhecimento é feita em contrapartida aos gastos do setor público de saúde, que a medida que têm o cidadão mais velho, carece de mais instalações e melhoria de atendimento para ele.

Hoje, o hospital Albert Einstein é conhecido como um dos pioneiros em inovação na área médica, por isso, Terra trouxe a expertise de sua área para compartilhar com o mercado Pernambucano.

Aos gestores e trabalhadores da saúde ele alerta: não se pode inovar sozinho. “Temos centenas de aplicativos de saúde, hoje realizamos cirurgias por vídeos e usamos a telessaúde, mas é preciso escutar os colaboradores, os pacientes e investir em pesquisas”.