O prefeito do Recife, Geraldo Julio, do PSB, anuncia, nesta quinta-feira, 3 de setembro, em reunião com secretariado, uma série de medidas em reação à crise nacional.

O evento corre no Forte das Cinco Pontas, bairro de São José.

Entre as principais medidas, o gestor municipal vai anunciar um corte de 300 cargos comissionados na estrutura da máquina municipal.

Cargos comissionados são aqueles nomeados por indicação política, para postos de confiança, de modo que o prefeito socialista está, desta maneira, cortando na carne, os aliados na gestão.

Além do anuncio de um corte de 300 cargos comissionados na estrutura da máquina municipal, o prefeito Geraldo Júlio deve anunciar um corte de 50% nos gastos com propaganda, além da proibição de viagens nacionais e internacionais.

Além da renegociação de contratos, o comando da PCR estipulou a meta de redução de 15% dos contratos da área administrativa.

A prefeitura anunciará ainda que pretende lançar mão de depósitos judiciais, que tem como créditos.

Na área financeira, vai ainda lançar debêntures lastreadas na dívida ativa da PCR.

A economia deve ser representativa, em função de os cargos reapresentarem cerca de 15% dos postos comissionados.

A previsão da equipe da PCR é economizar R$ 190 milhões com todas as iniciativas.

Na semana passada, o Blog de Jamildo já havia revelado, em primeira mão, que os amarelinhos também seriam reduzidos, em um programa de ajustes.

Aperto nas contas faz gestão Geraldo Julio demitir 20% dos “amarelinhos” De acordo com informações de bastidores, Geraldo Júlio deve descontinuar obras periféricas, que não teriam tanta simbologia, para concentrar todos os esforços nas promessas de campanha, como o Hospital da Mulher e o Compaz, como foram batizados os Centros Comunitários da Paz.

Na reunião que realizou no sábado, com seus secretários, Geraldo Júlio fez uma avaliação de que a situação da capital é bem melhor do que a situação do Estado, que foi obrigado a anunciar um corte de R$ 1 bilhão, em resposta ao ajuste fiscal de Dilma.

No caso do Recife, como a arrecadação de impostos como o IPTU vai bem ainda, dá para segurar o tranco porque não há buraco financeiro, mas apenas frustração de crescimento de receitas.

Como exemplo da situação, foi dito que não havia nada atrasado, nem com terceirizados.

Neste sentido, o tal ‘saneamento de gastos’ vai ocorrer no sentido de diminuir o ritmo de algumas obras para acelerar outras, trocando despesas ruins por gastos melhores.

Chegou a hora de colocar em prática o que na campanha ficou conhecido pelo bordão fazer mais com menos.

O ajuste é visto como inevitável porque, diante da frustração de crescimento do PIB nacional, ao longo deste 2015, não haveria como não rever para baixo também a expectativa de receitas na capital do Estado também.