O anúncio da demissão dos 58 funcionários responsáveis pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) – e, consequentemente, a extinção do levantamento – foi tema, na tarde desta quarta (2), de pronunciamentos no Plenário da Assembleia.

O tema foi levantado pelo deputado Edilson Silva (PSOL). » Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação tenta ressuscitar pesquisa » Sem dinheiro, pesquisa de emprego e desemprego é encerrada no Recife Durante a Reunião Plenária, os funcionários do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (IAUPE) fizeram um ato nas galerias do Palácio Joaquim Nabuco.

Segundo eles, o Estado tem uma dívida de pouco mais de R$ 1,2 milhão com a instituição responsável pela PED. “Fazemos a PED há 18 anos sem interrupção.

Queremos sensibilizar as lideranças do Governo para que o pagamento seja feito, ainda que parcelado, e as demissões sejam revertidas para que a PED não seja extinta”, disse a funcionária Claudia Calado de Melo, de 51 anos.

Edilson Silva ressaltou o prejuízo da interrupção da série histórica para a formulação de políticas públicas, sobretudo no momento de crise econômica e ampliação do desemprego.

O parlamentar se dispôs a conversar com o Ministério do Trabalho e o governo de Pernambuco, responsáveis pelo financiamento, em busca de alternativas até o dia 8, para evitar a descontinuidade do levantamento.“A Casa Joaquim Nabuco também pode fazer um gesto, destinando parte de nossas emendas parlamentares para o custeio dessa pesquisa tão importante”, sugeriu.

A proposta foi acatada pelo líder da Oposição, Sílvio Costa Filho (PTB).

O parlamentar defendeu que deputados federais e senadores de Pernambuco também destinem suas emendas para o prosseguimento da PED. “A pesquisa fornece dados para a política, a imprensa e o setor produtivo.

Me coloco à disposição para contribuir”, disse.