Mesmo o governador Paulo Câmara tendo dito na CBN Brasil, nesta quarta, que não havia como dar aumento ao funcionalismo estadual, em função da crise, no mesmo dia, de noite, o Sinpol comunicou que decidiu entrar com um documento para reabrir as negociações com o Governo de Pernambuco, mostrando que a categoria está disposta a dialogar. “Vamos aguardas e ouvir o que o Estado pretende com essa falta de atenção pelas nossas reivindicações.

Estamos organizando um movimento que estamos chamando de Outubro das Mobilizações, caso o Governo continue fechando os olhos para a caótica situação da Polícia Civil e da Segurança Pública de Pernambuco”, disse Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol.

Na noite desta quarta-feira (2), na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, a entidade promoveu assembleia geral da categoria, cerca de 500 policiais estiveram no auditório do Sinpol para decidir os próximos passos das ações.

Eles dizem buscar melhores condições de trabalho para atender a população pernambucana, A assembleia decidiu continuar com a Operação Polícia Cidadã e também intensificar a Patrulha Sindical, que vai percorrer, agora em Setembro, delegacias e institutos da polícia civil para fortalecer a campanha. Áureo Cisneiros classificou como ‘desrespeita’ a forma com que o Governo de Pernambuco vem conduzindo o processo de negociações e como está a situação da Polícia Civil em todo Estado. “Não vamos recuar!

Vamos continuar forte no movimento.

O Estado está querendo que a gente trabalhe de uma forma improvisada.

Não dá para trabalhar sem as mínimas condições para exercer bem as nossas funções.

As delegacias estão desprotegidas.

Em Sertânia, neste final de semana, uma delegacia foi arrombada e por pouco não aconteceu algo pior.

Os bandidos sabem que em grande parte das delegacias, apenas um policial está ficando no local e sem equipamentos adequados para se defender.

Grande parte dos coletes está vencida” comentou o presidente do sindicato.

Em Caruaru, nesta quinta, o chefe do Executivo pernambucano ressaltou que o Estado não vai medir esforço para conter a violência. “Não faltarão meios para que a Polícia trabalhe; nem a questão dos carros, diárias, gasolina ou equipamentos.

Não houve redução, mas ajustes necessários porque estamos em época de crise e temos que evitar desperdícios”, destacou Paulo.

No que toca a Polícia Civil, ele disse que o reforço das ações do Pacto pela Vida na região ainda contempla a realização de concursos para a Polícia Civil.

Com a confirmação da seleção, o governador garantiu que os profissionais aprovados devem suprir a demanda da categoria. “Já autorizei o concurso da Polícia Civil.

Eles devem preencher as escalas de delegados e agentes.

Esse é um trabalho contínuo e que nós temos que fazer sempre.

Quero que Pernambuco esteja cada vez mais seguro.

Para isso, não vai faltar trabalho nem empenho do nosso Governo junto com as parcerias”, completou Paulo Câmara.

A reunião contou com a participação do prefeito e do vice-prefeito de Caruaru, José Queiroz e Jorge Gomes, respectivamente; além dos deputados estaduais Tony Gel e Raquel Lyra; e da secretária-executiva de Direitos Humanos, Laura Gomes, entre outras lideranças.