O setor de saúde não deve mesmo receber nenhuma nova forma de financiamento nos próximos dois anos.
Essa é a constatação do presidente da Planisa, consultoria especializada para o segmento da saúde, Sérgio Bento, durante palestra ministrada no 4º Congresso N/NE de Gestão em Saúde que acontece até sexta, na Hospitalmed, no Centro de Convenções.
Para o executivo, as administrações públicas terão que ‘se virar’ com o que tem já que não vão conseguir aprovar nenhum novo imposto, mesmo que a demanda de saúde siga aumentando. “A saúde representa 9,7% do PIB brasileiro e desse montante, 48% são gastos públicos e 52%, privados.
Sendo que apenas 26% da população tem saúde complementar.
Isso significa dizer que aproximadamente um quarto da população gasta mais em mais em saúde do que o que é gasto pelo governo no SUS”, comparou Sérgio Bento.
Entretanto, segundo o executivo, não há nenhum indicativo de que o governo federal conseguirá aprovar qualquer outra fonte de financiamento para a saúde. “Nossa carga tributária já é muito pesada e o momento é de total retração.
Essa é uma tarefa impossível”, avaliou. “Ao contrário, a arrecadação tem diminuído em todas as esferas em contraponto à demanda que cresce com o aumento da expectativa de vida e envelhecimento da população brasileira.” A 3ª HOSPITALMED Nordeste - feira de produtos, equipamentos, serviços e tecnologias para hospitais, laboratórios, clínicas e consultórios do Norte e Nordeste do Brasil - reúne cerca de 300 expositores com as últimas tecnologias do mercado de saúde, e pretende movimentar R$ 200 milhões em negócios e atrair um público de 15 mil visitantes até a sexta-feira, 4/9.
Além dos produtos o pavilhão do Cecon-PE recebe, ainda, mais de dez eventos simultâneos, o 4º Workshop para Profissionais do Setor de Saúde e o 4º Congresso Norte-Nordeste de Gestão em Saúde.