Governistas agora contam que a presidente Dilma está muito, mas muito upset por conta da história da CPMF e o recuo que teve que assumir neste domingo.

Eles contam que a ideia da volta do famigerado imposto teria partido de Joaquim Levy e o ministro da Saúde, Kioro.

Nesta noite, há uma reunião da presidente com os líderes do partido para discutir o estrago.

De acordo com informações de bastidores até a semana passada, sem que tivesse sido desmentida pelo Palácio do Planalto, o governo iria propor a recriação da CPMF, mesmo enfrentando a resistência de parlamentares e empresários.

Pela proposta, será cobrado 0,38% sobre cada movimentação financeira, a mesma alíquota que vigorava em 2007, quando a contribuição foi extinta.

Constava que decisão foi tomada pelos ministros da equipe econômica e pela presidente Dilma Rousseff.

Na segunda-feira, o anúncio iria ser feito junto com a proposta de lei orçamentária para 2016.

As estimativas do governo apontavam que, com alíquota de 0,38%, a CPMF poderia trazer aos cofres públicos cerca de R$ 70 bilhões ao longo de um ano.

No plano nacional, lideradas pela OAB, as confederações nacionais de Indústria, Saúde e Transporte -que organizaram manifesto sobre a crise no governo Dilma- chegaram a articular um movimento contrário à volta do CPMF.

Antes do recuo do governo, prepararam manifesto atacando a “solução simplista” e prometiam uma campanha ampla contra o novo imposto.