Em entrevista a uma rádio de Minas Gerais, Lula diz que, se necessário, se candidataria em 2018.

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula O ex-presidente Lula cogitou pela primeira vez publicamente que, “se necessário”, pode entrar na disputa eleitoral de 2018.

O petista também mandou recado aos políticos da oposição e afirmou que opositores precisam ter paciência para esperar até as próximas eleições.

A declaração foi feita em entrevista à “Rádio Itatiaia” em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, onde Lula estreou uma série de viagens que pretende fazer pelo Brasil para tentar recuperar a popularidade do PT e da presidente Dilma Rousseff.

Ao ser questionado se sairia candidato à presidência, Lula disse que a oposição está errada quando julga que a disputa de 2018 será tranquila. “Se a oposição pensa que vai ser fácil, que não vai ter candidato, que o PT está acabado, pode ficar certo que, se for necessário, eu vou pra disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições”, afirmou. É a primeira vez que Lula admite a possibilidade, já manifestada abertamente pela direção do PT desde o segundo turno das eleições presidenciais de 2014. “Acho que temos um projeto [político] nesse País.

O projeto mais exitoso e que mais fez com que os pobres ascendessem socialmente.

Foram programas sociais de uma grandeza extraordinária e fez do Brasil respeitado no mundo inteiro”, justificou.

Otimista, Lula refutou a tese do impeachment da presidente Dilma e afirmou que a oposição “tem que ter paciência” e precisa parar de “xingar” a petista. “A oposição tem que ter paciência.

Eu perdi três eleições nesse País.

Eu perdia e voltava para casa, eu não ficava xingando as pessoas.

Eu ia para casa me preparar para outra eleição.

Foi assim que eu fiz durante 12 anos.

A oposição precisa parar de resmungar, precisa parar de xingar a presidente.

Ela [a oposição] tem que torcer para que esse País melhore, para que o País volte a crescer, volte a gerar emprego”, afirmou Lula.

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