Quem ensaia reclamar dos cortes de Paulo Câmara, deveria olhar o que ocorre no Rio Grande do Sul.
Nesta quinta-feira, o governador José Ivo Sartori comunicou oficialmente que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressou com Ação Cautelar no Supremo Tribunal Federal (STF), requerendo a nulidade da cláusula do contrato da dívida do Estado com a União que determina o bloqueio das contas do Rio Grande do Sul em caso de atraso de pagamento da parcela que vence ao final de cada mês.
A ação pede a manutenção dos repasses constitucionais do governo federal previstos. “É preciso deixar bem claro que este é um pedido jurídico, mas acima de tudo humanitário”, enfatizou o governador. “Eu sou o primeiro indignado com essa situação.
Não podemos aceitar que nosso Estado não consiga mais sequer pagar o funcionalismo público, fazer investimentos próprios nem contrair novos financiamentos”, afirmou.
Sartori lembrou que, desde o início da gestão, o governo agiu na redução de despesas, na atração de novos investimentos, na arrecadação e propôs medidas concretas para promover a mudança estrutural da máquina. “A ação não é uma solução definitiva, mas é mais uma iniciativa movida com seriedade e responsabilidade, marca do governo, para procurar melhorar a situação do Estado.
Estamos trabalhando para mudar isso.
O Estado não merece.
Os servidores não merecem.
As famílias dos servidores não merecem.
Mas esta é a realidade que temos”, disse.