Foto: Reprodução/Internet O ex-deputado Pedro Corrêa, preso em abril deste ano pela Lava Jato, deve prestar depoimento à Justiça Federal, em Curitiba, na tarde desta quarta-feira (26), em um processo oriundo da 11ª fase ao qual ele responde pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Corrêa era do Partido Progressista (PP) em Pernambuco e está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense.

Esta será a primeira vez que o ex-deputado fala à Justiça do Paraná.

A audiência está marcada para começar às 14h.

Filha de Pedro, Aline Corrêa também foi citada na Lava Jato Os filhos de Pedro Corrêa, Aline Corrêa, também ex-deputada, e Fábio Corrêa, são réus neste processo e também serão ouvidos pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.

Esta fase de interrogatórios precede as diligências complementares e as alegações finais da acusação e das defesas – último passo antes da sentença.

Um dos delatores da Operação Lava Jato, Rafael Ângulo Lopez, confirmou, na segunda-feira (24), que fez pagamentos em dinheiro à Pedro Corrêa entre os anos de 2007 e 2013.

Além de Corrêa, Lopez relatou ter entregue dinheiro para os dois filhos do ex-deputado.

Outro delator, o doleiro Alberto Youssef, confirmou que, além disso, doou a Corrêa R$ 7 milhões para a campanha do ex-parlamentar à Câmara dos Deputados em 2010.

Segundo Ângulo, o ex-deputado costumava frequentar o escritório de Youssef e recebia valores que variavam entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por mês.

Os repasses foram feitos mesmo após Corrêa perder o mandato por conta do escândalo do mensalão, em 2006, segundo Lopez.

O ex-deputado foi condenado a 7 anos e 2 meses por este caso e, antes de ser preso pela Lava Jato, cumpria pena em regime semiaberto.

Ainda durante seu depoimento, Lopez afirmou que levou dinheiro para Pedro Corrêa nas residências dele em Brasília e no Recife, mas que ele também era assíduo no escritório de Alberto Youssef.