O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco está recebendo crescente número de procedimentos envolvendo a falta de pagamento de trabalhadores terceirizados do Governo do Estado.

Nesta quarta-feira, o procurador-chefe do órgão, José Laízio Pinto Júnior, reuniu-se com o procurador geral do Estado, Antônio César Caúla Reis, e com representantes de entidades sindicais.

Ainda estiveram presente à reunião o presidente do sindicato Steamoaic, Rinaldo Lima, e o presidente da Força Sindical no estado, Rinaldo Júnior.

O encontro foi na manhã desta quarta-feira (26) na sede do MPT, no Espinheiro.

No caso, o MPT pediu que o pagamento das verbas seja efetuado o mais rapidamente possível.

Segundo o órgçao, atualmente tramitam uma série de procedimentos de mediação que buscam viabilizar o pagamento de trabalhadores terceirizados, sendo prioridade os salários e os vales alimentação e transporte.

De acordo com José Laízio, são duas as situações que têm acontecido e impossibilitado o pagamento dos funcionários das empresas. “A primeira delas é a retenção por parte do Governo do Estado do crédito devido à empresa por essa ter alguma pendência.

Isso ocorre normalmente de um mês para o outro, quando a prestadora não adimple alguma obrigação, ficando o crédito retido e os trabalhadores sem receber.

A outra, mais grave, é quando realmente não há o crédito por parte da administração pública.

Algumas empresas têm alegado isso para o não pagamento, pois, uma vez sem receber, não teriam como pagar”, disse.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado de Pernambuco, Cassiano Souza, disse que a reunião foi boa porque foi aberto um canal, com presença do procurador do estado, para se resolver o problema que envolve cerca de três mil trabalhadores.

Na reunião, Antônio César Caúla Reis reafirmou a intenção do Governo do Estado de assegurar os pagamentos. “A Procuradoria do Estado reafirma a certeza de que, com diálogo entre todos os envolvidos e a colaboração do MPT, encontraremos os meios jurídicos adequados para assegurar que os valores pagos às empresas sejam utilizados, prioritariamente, para quitação dos salários e demais direitos dos trabalhadores.”