A força-tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato prestou informações ao STF sobre o INQ 4005, processo onde é investigado o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
No Ofício 863/2015-DICOR/GINQ/DPF, datado desta quarta-feira (26), o delegado Felipe Alcântara de Barros Leal explicou a atual situação do inquérito e pediu uma prorrogação de prazo ao relator do processo, ministro Teori Zavascki.
Antes de decidir sobre a prorrogação de prazo, o STF irá mandar o inquérito ao procurador geral da República, Rodrigo Janot, para este dizer se concorda com o pedido da Polícia Federal.
Após Janot denunciar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Fernando Collor (PTB-AL) na Lava Jato, jornais nacionais deram notas informando que outros políticos podem ser denunciados, nos próximos dias.
Entretanto, de acordo com especialistas em direito penal, esta movimentação processual torna improvável que Fernando Bezerra Coelho seja denunciado na próxima leva.
Ao pedir mais prazo, a Polícia Federal indicou que precisa de mais tempo para investigações sobre o senador pernambucano.
Neste processo, o senador é defendido pelo advogado gaúcho André Luís Callegari, especialista em lavagem de dinheiro, e pela advogada Gabriella Rollemberg, filha do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do mesmo partido que Fernando Bezerra.
Fernando Bezerra Coelho responde a mais dois inquéritos no STF.
O INQ 3710, da relatoria do ministro Roberto Barroso, e o INQ 3958, da relatoria do ministro Luiz Fux.
Nesta terça-feira, quem brilhou foi Humberto Costa.
Na acareação com o doleiro Youssef, o ex-diretor Paulo Roberto Costa reafirmou que o senador Humberto Costa teria recebido cerca de R$ 1 milhão do esquema criminoso na estatal.