Pressionado a reduzir o tamanho da máquina, em função dos efeitos do ajuste fiscal, o socialista tenta salvar ao menos o programa de obras.
Não é crível que o governo Federal vá ajudar a melhorar a atividade econômica na cidade, seja por razões fiscais, seja por razões eleitoreiras.
De todo modo, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, realizou uma visita de cortesia, na manhã desta quarta-feira (26), ao novo diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser.
No encontro, na sede da instituição, em Brasília, o prefeito pediu ajuda junto ao Governo Federal para a retomada da tramitação e aprovação do acordo de empréstimo no valor de US$ 220 milhões para investimentos na cidade.
O montante equivale a cerca de R$ 700 milhões de reais. “Mesmo com um cenário financeiro desafiador, a Prefeitura do Recife defende a importância da continuidade do processo da contratação do empréstimo.
Os investimentos são importantes pilares capazes de reaquecer a economia local”, diz o prefeito do Recife.
O empréstimo não é vinculado a uma área ou obra específica, mas a um conjunto de indicadores sociais e de melhoria da gestão pública. “Os recursos serão destinados, sobretudo, para a realização de obras e na ampliação dos serviços de atendimento à população”. “O empréstimo está pendente de liberação na Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), do Governo Federal.
Nós ressaltamos a importância e solicitamos também ao banco o apoio para que ele faça gestões junto ao Governo Federal para que o Ministério da Fazenda recoloque na pauta da Cofiex a liberação deste financiamento, que vai gerar empregos, obras e oportunidades no Recife para realizar ações que estão previstas na cidade", disse o prefeito.
De acordo com a Prefeitura do Recife, o limite de endividamento do Recife gira em torno de 16%, bem abaixo do limite estabelecido nas Resoluções do Senado Federal, de 120%. “Numa análise comparativa da série histórica com outros importantes municípios brasileiros, no período de 2011 a 2014, verifica-se que o índice de endividamento do município do Recife se manteve em melhor condição.
Mesmo que a liberação do valor pleiteado seja aprovado, o município terá a capacidade de endividamento superior a R$ 3 bilhões.
Esse quadro demonstra claramente a ampla margem que o Recife tem para obter o financiamento”, informa a PCR.
As negociações para viabilizar o empréstimo ao Recife foram iniciadas em novembro de 2013, quando a Prefeitura do Recife encaminhou a carta-consulta à Secretaria de Assuntos Internacionais do Governo Federal.
Ao logo de 2014 foram realizadas apresentações e discussões sobre o financiamento junto ao corpo técnico da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex).