Em visita a cidade de Salgueiro, por telefone, o presidente da OAB Pedro Henrique Reynaldo respondeu às críticas do coordenador do movimento A Ordem é Para Todos, Jefferson Calaça, ao candidato de situação, Ronnie Duarte.
Em cerca de 10 minutos de conversa, Reynaldo evitou até citar o nome do advogado indicado como eventual sucessor uma única vez.
O presidente da OAB explica que é papel da direção da OAB zelar pelos dados dos advogados, especialmente diante do crescimento do mercado negro de dados cadastrais. “Estamos cumprindo o nosso dever legal.
Ao constatarmos que houve violação dos dados, temos que apurar.
Se houve ajuda de funcionários da OAB, violação do sigilo, de como esses dados foram apropriados”.
Na cidade do Sertão, Pedro Henrique Reynaldo conta ter sido apresentado a mala direta do movimento de oposição. “É claramente ilegal.
Ninguém pode fazer propaganda antes do registro da chapa” afirmou.
Ao ouvir a argumentação do adversário, Pedro Henrique observou que era algo lamentável. “É uma tentativa de vitimização.
Não sou eu que vou julgá-lo.
Quem vai presidir a comissão de investigação é o advogado Fernando Ribeiro Lins, secretário-geral.
A sindicância tem 30 dias para concluir os trabalhos, mas pode prorrogar por mais 30 dias a divulgação do resultado”.
E foi além, no mérito, falando em hipótese sobre o início do processo eleitoral. “A mala direta com propaganda antecipada é razão suficiente para indeferir o candidato (Jefferson Calaça), mas eu espero que ele não seja desclassificado.
Pelo que eu tenho visto, a categoria dos advogados não tem recebido bem essa promoção extemporânea”, disse.
O presidente da OAB ainda disse ser estranha a alegação de que os dados foram retirados do Cadastro Nacional dos Advogados (CNA). “É estranho.
Cerca de 100 advogados não estão no CNA, receberam as malas e se queixaram”.