Secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, diz que secretários irão definir onde serão feitos os cortes.
Ao analisar a crise político-econômica que atingiu em cheio o Brasil e consequentemente os Estados, o secretário da Fazenda de Pernambuco, Márcio Stefanni, responsabilizou os prejuízos na Petrobras e os desdobramentos da Operação Lava Jato como fatores para a queda no orçamento no Estado e o atual contingenciamento feito nas contas estaduais.
Para justificar as medidas austeras, Márcio explica que a receita tem sido “mais fraca” do que o esperado por causa da paralisação da Refinaria Abreu e Lima e do Estaleiro. “É importante ressaltar que a economia do Brasil e de Pernambuco foi muito impactada pela crise da Petrobras, pela crise da Lava Jato.
Nós tivemos em Pernambuco um dos maiores desempregos do Brasil.
A refinaria parou de uma hora para outra, os investimentos nos estaleiros pararam de uma hora para outra.
Então a receita tem sido mais fraca do que esperávamos, porque não se compra, porque não se consome e se não se consome não se arrecada imposto”, explicou.
A desmobilização em Suape já era esperada, mas a situação se agravou com as denúncias de corrupção na Petrobras e as investigações da Operação Lava Jato, iniciadas em março de 2014.
No canteiro de obras da refinaria, que chegou a ter 45 mil trabalhadores, hoje sobram 3 mil remanescentes.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2015, Pernambuco foi o Estado que perdeu mais empregos no Nordeste (78 mil) e só ficou abaixo de Rio e São Paulo, no Brasil.
A Região Metropolitana do Recife dispensou 58 mil funcionários, menos apenas que as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio.
O governo Paulo Câmara anunciou nesta segunda-feira (24) que vai ampliar os cortes na máquina do Estado.
A meta é reduzir as contas em R$ 600 milhões.
No começo do ano, a gestão socialista já havia anunciado a intenção de cortar R$ 320 milhões para ajustar receitas e despesas.
A economia obtida desde o início do Plano de Contingenciamento foi de R$ 210 milhões.