Equipe vai tratar dos limites de gastos e investimentos do ano de 2016 Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem Por Franco Benites do Jornal do Commercio O governador Paulo Câmara (PSB) passará parte da manhã, desta segunda-feira (24), reunido com seu secretariado no Palácio do Campo das Princesas para discutir o cenário econômico adverso e suas consequências nas finanças estaduais.
A conversa não irá girar apenas em torno de 2015, mas o governador quer colocar o foco em 2016. “A queda da receita é maior do que a gente esperava e a atividade econômica cai cada vez mais.
Estamos no pior momento do ano.
Temos que ter um sinal para a Lei Orçamentária do ano que vem.
Se a receita não crescer, qual será o investimento possível?
Precisamos discutir medidas do que fazer”, explicou o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni.
Além dos problemas na arrecadação, o governador está preocupado com o fato do governo federal ter proibido os Estados de terem acesso a operações de crédito, isto é, conseguirem empréstimos com instituições de financiamento a exemplo do Banco Mundial. “É hora de traçar cenários.
Se você tiver operações de crédito, vai por um caminho.
Se não, vai por outro”, destaca o secretário da Fazenda.
Para dar uma folga no caixa estadual, o governador instituiu, em fevereiro, o Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG), que definiu um corte de R$ 320 milhões nas despesas de custeio da máquina pública.
Recentemente, essa meta foi ampliada para cerca de R$ 700 milhões e é possível que seja revista novamente.
No governo, ninguém garante que isso vá ocorrer uma vez que um novo valor pode atingir a qualidade dos serviços oferecidos à população.
De acordo com Márcio Stefanni, também não há risco do governador rever a meta de investimentos do Estado.
Antes de tomar posse, Paulo anunciou que o valor investido pelo governo estadual em 2015 seria de R$ 3 bilhões.
Já como governador, devido à crise econômica, ele garantiu que o investimento seria de R$ 1 bilhão.
Agora, apesar da crise econômica, esse número segue como objetivo. “É um valor factível”, explica o secretário.