O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, começou, na cidade, a dar início a uma grande mobilização nacional, denunciando o drama que vem passando trabalhadores, em particular no comércio.

A campanha teve início a partir do fechamento da loja Arco Íris, um estabelecimento na região da 25 de Março, que encerrou suas atividades depois de 66 anos por causa da crise econômica e da falta de apoio do governo.

A central culpa o governo, que só cuida de manutenção dos postos de trabalho na indústria. “No comércio, que nos últimos dez anos assistiu o número de postos de trabalho aumentar em 30%, o fechamento de lojas tem como resultado mais de 60 mil demissões este ano em São Paulo.

Números assustadores.

Mas, para o governo, na hora de oferecer alternativas para evitar essa avalanche de demissões, a indústria, principalmente a automobilística, é o setor que recebe atenção”. “Queremos tratamento igual do governo para o setor de comércio e serviços – hoje um dos maiores empregadores do Brasil e que vem enfrentando os mesmos problemas ou maiores que a indústria automobilística, setor que recebe amplo e total apoio, com empréstimos subsidiados e isenções de impostos”. “A recessão, que muitos não querem admitir, é uma realidade.

A inflação já passa de 7% e os juros são os maiores do planeta.

Isso tem levado o comércio e a indústria a perderem vendas e, consequentemente, diminuírem seus postos de trabalho, com demissão em massa de trabalhadores”.