Paulo Câmara reúne secretariado para definir ajustes no orçamento.
Foto; Roberto Pereira/Divulgação.
Após uma reunião que durou quatro horas, das 9h às 13h, o governo Paulo Câmara anunciou, nesta segunda-feira (24), que vai ampliar os cortes na máquina do Estado.
A meta é reduzir as contas em R$ 600 milhões.
No começo do ano, a gestão socialista já havia anunciado a intenção de cortar R$ 320 milhões, para ajustar receitas e despesas.
A economia obtida desde o início do Plano de Contingenciamento foi de R$ 210 milhões.
Com os novos cortes, o volume do ajuste fiscal de Paulo Câmara somará quase R$ 1 bilhão.
A reunião de trabalho contou com os 26 secretários, além do vice-governador Raul Henry (PMDB).
Secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, diz que secretários irão definir onde serão feitos os cortes.
O governador Paulo Câmara coordenou os trabalho, mas não apareceu para falar da agenda negativa.
Quem falou em nome do governo foi o secretário de Fazenda, Márcio Stefanni.
Segundo ele, a responsabilidade por definir os cortes e os setores atingidos será dos secretários e o prazo será de duas semanas. “Isso significa adequar as despesas às receitas, o Estado só poderá gastar aquilo o que ele arrecada”, disse Stefanni, acrescentando que a definição é válida até o final do ano, quando haverá novo encontro para analisar as contas do Estado.
Questionado sobre cortes na máquina, como diminuição de secretarias, o interlocutor de Câmara explicou que a discussão está posta, mas que as definições só acontecem no fim do ano. “A discussão sobre o tamanho do Estado ocorre, sim, mas vamos esperar até o final do ano, porque temos, hoje, programas em andamento e os programas são tocados pelas respectivas secretarias.
Mas existe, sim, a possibilidade de uma readequação dos serviços prestados à população, mantendo sempre os mais essenciais que hoje é possível fazer”, explicou.
Stefanni admitiu que as empresas terceirizadas serão as primeiras a serem enxugadas, neste momento de crise. “Quando se diminui o número de serviços há impacto, sim, nos terceirizados.
Há impacto porque é uma diminuição dos serviços.
A gente tem feito ajustes e isso está lá no decreto inicial, do começo do ano, e provavelmente serão feitos novos ajustes nos terceirizados”, grifou.
Quanto ao impacto nos servidores, o secretário afirmou que o Estado tem pago em dia o funcionalismo público e que Pernambuco está adimplente com a dívida.
Com informações de Marcela Balbino, repórter do Blog