Secretário da Fazenda anuncia que não haverá contratações no Estado este ano.

Foto: Roberto Pereira/Divulgação.

Atualizada às 17h37 No rastro do contingenciamento nas contas do Estado para adequar receitas e despesas, o secretário estadual da Fazenda, Márcio Stefanni, anunciou nesta segunda-feira (24) que os concursos públicos também estarão suspensos este ano.

Com o Estado no limite prudencial de gastos com pessoal tornou-se inviável a contratação de novos quadros. “A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) nos veda a contratação de novos funcionários uma vez que nós estamos no limite prudencial”, explicou.

Segundo o secretário, outros dez Estados estão em situação semelhante a de Pernambuco.

No início de maio, Paulo Câmara anunciou a abertura de concurso público com 1.500 vagas para Polícia Militar, 500 para Polícia Civil, 50 para escrivães da Polícia Civil e 316 para a Polícia Científica.

Na época, a previsão era que o edital fosse publicado ainda este ano, o que ainda não se concretizou. “A lei impede que façamos concurso.

Temos que aguardar as próximas divulgações dos novos relatórios de receita e despesa para saber se ultrapassaremos esse limite para um limite que possamos contratar.

A economia de Pernambuco está muito afetada pela crise da Petrobras, crise da Lava Jato, então a receita tem sido mais fraca do que esperávamos”, justificou Stefanni.

Quanto ao funcionalismo público, o secretário avisa que não há programação de cortes de funcionários.

Porém, com a redução de gastos, deve haver redução no número de terceirizados.

Os cortes oficiais estão sendo analisados por cada secretário.

Em contato com o Blog, o secretário Márcio Stefanni destacou que, na entrevista concedida mais cedo, quando falou do limite prudencial de gastos com pessoal se referia a novas contratações e reajustes salariais e não realização de novos concursos, apesar de a pergunta ter sido específica sobre a abertura de certames.

Segundo o secretário, o cumprimento da LRF não impede a realização de concursos.

Porém, na prática, o fato é que o Estado até pode realizar novos concursos, mas não terá condições financeiras para chamar os aprovados.