Ex-prefeito do Recife João Paulo e líder da oposição na Alepe, Silvio Costa Filho, podem entrar na disputa Por Marcela Balbino, repórter do Blog Unidos em 2014 em torno de uma chapa única, PT e PTB trabalham agora a tese de candidaturas próprias para levar a eleição de 2016 ao segundo turno.

Do PTB, o mais cotado para encabeçar a majoritária é o deputado estadual Silvio Costa Filho, ex-aliado do governador Eduardo Campos e atual líder da oposição na Alepe.

Já o PT sofre com a falta de quadros novos e, até agora, só cita o ex-prefeito João Paulo.

Em entrevistas, o presidente do PTB, Armando Monteiro Neto, já sinalizou a intenção de ter representante da sigla na disputa.

Na oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), Silvio Filho não se furta a fazer ressalvas à gestão de Geraldo. “Há uma frustração de expectativas.

O governo só cumpriu 35% do seu programa e não conhecemos nenhuma obra que ele apresentou para a população”, criticou. “Em 2014, ele cuidou muito mais da eleição para governador do que da gestão da cidade”, emendou o petebista.

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Sem mandato político, João Paulo é apontado como possível candidato, único que ainda mantém uma memória e identidade viva no Recife.

Na superintendência da Sudene, cargo no qual foi empossado recentemente, tem a possibilidade de acomodar seu grupo e espaço para se movimentar politicamente.

Em reserva, membros da cúpula do PT indicam que o nome do ex-vereador do Recife Mozart Sales também está na bolsa de apostas.

Ele esteve à frente da coordenação do programa Mais Médicos e atualmente ocupa um cargo de diretor na Hemobrás.

A presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão, explica que a tese da candidatura própria está posta, mas que o diretório do Recife, presidido pelo ex-vereador Oscar Barreto, está iniciando a consulta às bases nas regiões da capital. “Geraldo foi apresentado como o grande fazedor de obras, mas a gente avalia que existem muitas debilidades.

Indo além das obras, partindo de outro ponto de vista, a participação social está muito precária e não digo isso só pelo Orçamento Participativo”, pontua a deputada.

Nos bastidores, o “fantasma” que ainda assombra e pode atrapalhar a construção da chapa municipal é uma interferência nacional, como em 2012.

Na época, a direção nacional do partido indicou os nomes para formar a chapa, mesmo com a vitória do então prefeito João da Costa nas prévias do partido.

Foto: Divulgação.

PSOL - Da Alepe, o deputado Edilson Silva (PSOL) também se coloca como pré-candidato. Único representante do PSOL em Pernambuco com mandato político, a intenção do parlamentar é lançar candidaturas em cidades importantes do Estado.

No Recife, caso Marília Arraes vá para o partido, ela pode ser o nome indicado.

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Serão publicadas, semanalmente, matérias deslindando as articulações políticas dos principais municípios do Estado para as eleições 2016.