Políticos cujos partidos fizeram parte do arco de aliança da Frente Popular miram candidaturas.

Na foto: Priscila Krause, Daniel Coelho, Marília Arraes e Isabella de Roldão.

Por Marcela Balbino, repórter do Blog À revelia das alianças que seus partidos firmaram com o PSB na eleição estadual de 2014, dois políticos competitivos tentam pavimentar o caminho para a disputa pela Prefeitura do Recife em 2016.

Tanto a deputada estadual Priscila Krause (DEM) quanto o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), que ficou em segundo lugar na eleição de 2012, vêm fazendo críticas à gestão Geraldo Julio e externam pretensões eleitorais.

Com o partido pendurado em secretarias na Prefeitura, a vereadora Isabella de Roldão (PDT) é outro nome que veste a camisa da oposição e diz estar “à disposição do partido” para qualquer missão.

De saída do PSB, a vereadora Marília Arraes não poupa críticas a Geraldo.

Ela está a caminho do PSOL e pode lançar uma candidatura majoritária.

Atento às movimentações adversárias, o prefeito criou duas secretarias no alto escalão para abrigar políticos do DEM e PSDB.

A artimanha, porém, parece não ter surtido o efeito esperado.

Priscila é incisiva nas críticas à gestão do PSB, desdobrando a postura de oposição que exercia na Câmara para a Assembleia, onde conquistou mandato em 2014.

Ela criou, inclusive, um site para acompanhar a situação das obras realizadas pela Prefeitura, o Monitora Recife.

LEIA TAMBÉM: » Desafio da Frente Popular no pós-Eduardo para reeleger Geraldo Julio A democrata diz que a presença da sigla na gestão socialista não impede a candidatura própria.

Para Priscila, a gestão deixa a desejar em áreas essenciais, como controle urbano e saúde. “O pé no acelerador continuou no que diz respeito aos gastos e promessas.

Parece que para ganhar eleição tem que se dizer o que as pessoas querem ouvir.

Mas você deve fazer promessas se tiver capacidade para cumpri-las”, alfineta a deputada.

Daniel turbina seu mandato nas redes sociais e tem a pré-candidatura dada como certa.

Nos bastidores, o único fator que pode barrar Daniel é um acordo nacional entre PSDB e PSB. “Tudo o que está sendo construído é para o PSDB ter candidato, mas ninguém vai fazer convenção fora de tempo”, despista.

Sobre a gestão, Daniel bate: “O eixo da campanha era dizer que estavam inaugurando uma nova política, mas o que vemos é a política antiga e tradicional, a de aumentar secretarias e cooptar por cargos”.

Com isso, os candidatos da oposição terão mais oportunidade. “Não vejo como não ser um cenário para dois turnos”, prevê.

Aliada até 2014 de Geraldo, Isabella define a gestão como “frustração de expectativas”. “Não conhecíamos Geraldo.

Ele foi colocado como algo novo.

E vemos que faz hoje a velha política”, disse.

A vereadora Marília, que já foi secretária de Geraldo, disse que o modo de gerir do prefeito é “travado”. “A máquina é travada.

Quando funciona é para favorecer aliados, como foi com Felipe Carreras”, criticou.

VEJA A SITUAÇÃO POLÍTICA EM OUTROS MUNICÍPIOS: » Ipojuca: crise em Suape entra na disputa eleitoral » Em Serra Talhada, prefeito do PT coleciona opositores e luta contra isolamento » Forças tradicionais de Caruaru se articulam para disputa inédita » Douglas Cintra é peça importante no xadrez político de Caruaru » Para eleições de 2016, Garanhuns e Arcoverde podem reproduzir rivalidade vista em 2014 » De olhos abertos e voltados para Petrolina » Força do DNA ainda impera na disputa em São Lourenço da Mata » Nó na sucessão do Cabo e de Jaboatão *O Giro pelos Municípios é resultado da parceria do Jornal do Commercio com o Blog de Jamildo.

Serão publicadas, semanalmente, matérias deslindando as articulações políticas dos principais municípios do Estado para as eleições 2016