Foto: Blog Imagem O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) e o movimento Vem pra Rua realizaram protesto em frente a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), na Avenida Cruz Cabugá, onde a presidente Dilma Rousseff se reuniu, na tarde desta sexta-feira (21), com empresários pernambucanos.

Depois de irem às ruas pedindo o “Fora, Dilma”, no último domingo (16), um pequeno grupo do Movimento Vem Pra Rua com faixas e cartazes, pediram o “Fora, Dilma” e o combate à corrupção.

Foto: Blog Imagem No início da tarde, os manifestantes do Vem Pra Rua fizeram ato contra a PL/C57, da presidente Dilma Rousseff, que revoga a desoneração salarial, proposta há 11 meses com o intuíto de melhorar a situação do setor produtivo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A revogação vai de encontro com a “Agenda Brasil”, proposta pelo senador Renan Calheiros (PMDB) a presidente Dilma, na opinião do movimento.

O protesto reuniu, no máximo, 20 pessoas.

De acordo com a economista Maria Dulce Sampaio, organizadora da ação, o ato foi pequeno, porque muitas pessoas estão trabalhando e não puderam participar. “Não estamos distribuindo pão com mortadela”, alfinetou Dulce, em crítica aos protestos organizados pelos grupos a favor de Dilma.

Foto: Blog Imagem O movimento se dispersou após a chegada de um carro de som que deu força ao protesto do Sinpol que pretendia, de início, criticar apenas o ajuste fiscal proposto pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas durante o protesto os manifestantes do sindicato criticaram Dilma, o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB.

TUMULTOS Por volta das 17h30, a Polícia Militar cortou o áudio do carro de som do Sinpol, causando princípio de tumulto com os sindicalistas, mesmo assim os manifestantes não cederam. “O sindicato avisa que não vai ceder, temos o direito de se manifestar.

A gente fala em nome do pedreiro, em nome do padeiro, em nome da população que está dentro dos ônibus.

O governador não quer nos dar ouvidos”, disse o presidente da entidade, Áureo Cisneiros.

O sindicato aproveitou a manifestação contra o ajuste para reivindicar reajuste salarial e melhorias para a categoria ao governador Paulo Câmara (PSB) e ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

O Sinpol também questiona a petista em relação ao corte R$70 milhões destinados à segurança e, em cima do carro de som, sindicalistas acusam Câmara e Geraldo de terem “desviado” recursos durante a obra da Arena Pernambuco. “Rouba Dilma, Paulo Câmara, Geraldo Julio e o pobre é que se lasca”, discursou um dos manifestantes.

No início da manifestação também houve princípio de tumulto entre a Polícia Militar e o Sinpol.

A assessoria da presidente da República se pronunciou pedindo que o protesto fosse feito em “silêncio”.

De acordo com o tenente coronel Alexandre Cruz, do 16° Batalhão, a PM não coibiu o ato, mas o comprometimento da via sentido Olinda/Centro do Recife é uma dificuldade.“Nós não queremos coibir o protesto, mas eles não podem, de maneira alguma, numa via dessa, um cruzamento tão importante, bloquear da forma que eles estavam querendo.

As pessoas tem o direito de ir e vir.

A vinda de Dilma é um evento oficial e eles não podem atrapalhar”, explicou.

Após a saída da presidente da Fiepe, o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, avaliou de forma positiva o ato e disse que o sindicato é a favor de um plebiscito para que novas eleições presidenciais sejam realizadas.