A radialista Néia Gonçalves, da Rádio Grande Rio FM, fez ainda um questionamento em relação à Transnordestina, reclamando que caminha também a passos lentos na região. “Desde que o escândalo do petrolão estourou, devido às investigações da Operação Lava Jato, o número de funcionários diminuiu, atrasando ainda mais a conclusão da obra que deveria ter sido concluída em 2010.

O que pode ser feito para que as obras não atrasem mais?

E qual seria a previsão também de conclusão dessa obra da Transnordestina?”, pontuou. “Eu não sei qual é, Néia, a ligação que você está fazendo entre a Operação Lava Jato e a Transnordestina.

Porque a Transnordestina, não sei se você sabe, é uma obra privada, é uma obra da Transnordestina Logística Sociedade Anônima.

Ela é uma concessionária privada.

Nós damos todo o suporte para essa concessionária privada fazer as obras, ou seja, fazemos os pagamentos, adiantamos recursos.

E hoje essa concessionária privada está levando a obra, na nossa avaliação…

Em algumas circunstâncias no passado não muito rapidamente.

Mas agora ela está levando com bastante empenho”, defendeu Dilma. “Nós temos já quase seis mil trabalhadores atuando nos dois diferentes trechos da obra: os quatro de Pernambuco e o outro trecho no Ceará.

Nós temos em torno de um pouco mais de um terço e meio das obras da Transnordestina já sendo realizadas.

São quatro trechos aí em Pernambuco: dois estão praticamente concluídos.

Os outros dois, tem um que já está com as obras já ocorrendo, já estão com obras aceleradas, outro está com as obras iniciando.

Já o trecho do Ceará, está um pouco mais atrasado”. “Agora, nós temos tido todo o interesse em apoiar, dar todas as condições para que a Transnordestina Logística Sociedade Anônima, que é uma empresa privada, faça as obras.

E nós compreendemos que é uma obra de uma magnitude muito grande.

Então, ela enfrentou uma porção de desafios que explicam muitas vezes porque que é ela ficou mais lenta em alguns momentos.

Por exemplo, questões ambientais.

Outra questão muito difícil foram as desapropriações.

Porque são várias pessoas que têm que ser indenizadas, o processo vai para a Justiça.

Até que se conclua, atrasam as obras”. “Além disso houve alguns apontamentos de auditorias, que prontamente a concessionária privada resolveu.

Então nós estamos trabalhando juntos ajudando a superar esses desafios, a superar os entraves para que a gente conclua essa ferrovia.

Porque nós temos consciência da sua importância.

Aliás, em uma outra ferrovia, que é a Norte-Sul, nós conseguimos concluí-la no prazo que tínhamos estipulado primeiro.

Mas isso não é a regra, obras de engenharia do porte da Transnordestina, elas são de fato bastante complexas”.