Nesta quinta (20), em Grande Expediente Especial, convocado pelo deputado Eduíno Brito (PHS) – policial rodoviário federal licenciado, a Assembleia Legislativa debateu as condições da PRF.

O aumento do efetivo foi a principal reivindicação do grupo, que buscou ainda a reativação de seis postos policiais, fechados nos últimos quatro anos.

Os dois mil e trezentos quilômetros de estradas federais em Pernambuco contam, hoje, com a atuação de 430 policiais rodoviários.

O número é metade do ideal, de acordo com a categoria.

Ao lembrar que a presidente Dilma Rousseff estará em Recife nesta sexta-feira, no Recife, o deputado Aluísio Lessa (PSB) propôs que os policiais rodoviários federais reivindiquem a ela mais atenção à corporação. “As faixas que estão aqui, e outras que ainda podem ser produzidas, cabem muito bem nessa visita presidencial. É hora de cobrar.

Essa é uma das mazelas promovidas pelo Governo do PT”, opinou.

Ao abrir o debate, o primeiro vice-presidente da Assembleia, deputado Augusto César (PTB), apontou a desativação dos postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) como “prejudicial” para a população.

As unidades fechadas estão localizadas em Moreno (Região Metropolitana), Carpina (Mata Norte), Salgueiro (Sertão Central), Serra da Santa (Sertão do São Francisco) e em Ribeirão e Quipapá – ambos da Mata Sul.

Atualmente, o Estado conta com 16 postos. “Isso torna menor o raio de ação dessa importante corporação”, disse.

Eduíno Brito alertou que essa situação diminui a segurança viária, com a ausência de rondas e fiscalização.

As atuais condições de trabalho também foram criticadas pelo parlamentar. “Faltam equipamentos e o número de efetivo é cada vez mais baixo.

Há um esforço descomunal desses policiais para o cumprimento da missão”, denunciou.

De acordo com dados apresentados pelo Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Pernambuco (SINPRF-PE), de 2010 a 2015, o trabalho realizado pela PRF resultou na economia de R$ 6,8 bilhões, em prevenção de acidentes.

Superintendente adjunto da PRF, o inspetor Ricardo Diniz ressaltou a atuação da instituição, com algumas ações já realizadas somente este ano.

De janeiro a agosto, o grupo coletou 15.514 imagens de radar, com veículos acima da velocidade máxima permitida, recuperou 80 veículos roubados e deteve 191 pessoas.

Diniz também salientou a necessidade de concurso público. “Do ano passado para cá, 32 aposentadorias foram concedidas e oito processos para aposentadoria estão em tramitação.

No último processo seletivo, realizado em 2012, só recebemos quatro policiais.

Os postos estão fechando porque há grande déficit de efetivo”, afirmou.

O major Laércio Barbosa, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPtran), chamou atenção para o impacto do fechamento dos postos da PRF no Pacto Pela Vida. “Em uma crise, um gestor pode pensar que cortar essas unidades é uma medida de economia, mas polícia é investimento.

Quando se fecha um ponto desse, a sociedade fica desprotegida”, argumentou.