Movimentos sociais e centrais sindicais vão às ruas em defesa do governo do PT.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem.
Quatro dias depois de manifestantes percorrerem a Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, para pedir a saída da presidente Dilma Rousseff (PT), movimentos sociais, centrais sindicais e militantes alinhados à esquerda tomaram as ruas do Centro do Recife para defender o projeto político do PT.
Apesar das críticas ao ajuste fiscal executado pelo ministro do Fazenda, Joaquim Levy, o ato saiu em defesa da legitimidade do governo.
Gritos de “Não vai ter golpe” se contrapuseram aos ‘panelaços’ em alguns prédios.
O ato aconteceu um dia antes da chegada de Dilma ao Estado, onde participa da inauguração de um trecho da transposição, em Cabrobó, no Sertão, e do evento Dialoga, Brasil, no Recife.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), também saiu arranhado do protesto.
Cartazes e faixas pediam a saída do parlamentar, que foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre propinas no caso da Operação Lava Jato.
Cunha é apontado como inimigo político da presidente e rompeu com o governo, em julho último.
O ajuste fiscal proposto pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também foi muito criticado por setores da esquerda.
A penalização da classe trabalhadora com os cortes é sempre o mote para a crítica.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores), que tem fortes laços com o PT, se opõe às medidas do ajuste.
Além das críticas, o discurso dos manifestantes girou em torno da defesa das conquistas sociais obtidas pelo PT nos últimos 12 anos de governo, como o Minha Casa, Minha Vida, Prouni, Fies.
Embora o objetivo do ato desta quinta tenha sido a defesa à democracia, à liberdade e contra a intolerância, o pano de fundo girou em torno da tentativa de mostrar que a esquerda ainda está atuante, apesar dos sucessivos golpes sofridos pelo governo, com os escândalos de corrupção. “Estamos aqui pela democracia e pela defesa dos direitos sociais.
Acredito que toda crise deve suscitar algo novo e é nesse sentido que a gente continua apostando no governo e na saída para combater o que está posto.
Defendemos a legitimidade dada pelo voto”, defendeu Sandra Gomes, militante do Fórum Dom Helder Camara.
Políticos de partidos de esquerda participaram do ato.
Estiveram presentes a presidente estadual do PT, Teresa Leitão, o presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, a deputada Luciana Santos (PCdoB) e o ex-prefeito do Recife, João da Costa.
Algumas pessoas contrárias ao governo bateram panelas nas varandas da Boa Vista.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem.
PANELAÇOS - Ao chegarem na Avenida Conde da Boa Vista, o ato enfrentou resistência de alguns grupos que desaprovam o governo federal.
Mas não houve tumultos.
Do alto dos prédios, alguns moradores batiam panelas, em alusão aos panelaços contra o PT, e era possível identificar algumas faixas com “Fora, Dilma”.
Da avenida, os manifestantes rebateram com gritos como: “Não vai ter golpe” ou “O povo na rua, golpista recua”.
Algumas pessoas também estenderam bandeiras vermelhas nas varandas.
O protesto pró-Dilma no Recife teve concentração na Praça do Derby, na área central, a partir das 15h.
Duas horas depois, a caminhada saiu pelas avenidas Agamenon Magalhães, Conde da Boa Vista e Guararapes em direção à Praça da Independência, também no Centro.
A organização estima que 7 mil pessoas participaram da manifestação, enquanto a Polícia Militar calcula 1,5 mil.
Veja galeria com imagens do ato pró-Dilma: Movimentos sociais e centrais sindicais vão às ruas em defesa do governo do PT.
Fotos: Bobby Fabisak/JC Imagem. - Movimentos sociais e centrais sindicais vão às ruas em defesa do governo do PT.
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