Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Poupado nos protestos do último domingo (16), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), foi um dos principais alvos de críticas dos manifestantes pró-Dilma que saíram em passeata pelas principais vias da área central do Recife na tarde desta quinta-feira (20).

O parlamentar foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre propinas no caso da Operação Lava Jato.

Cunha é apontado como inimigo político da presidente e rompeu com o governo.

Inúmeros cartazes e faixas #ForaCunha eram vistos nas mãos dos manifestantes.

Um deles era da enfermeira Edna Galvão, coordenadora do Movimento Mulheres Contra o Desemprego. “Num momento de crise como esse, em vez de ele criar políticas para unir o povo, fica criando pautas que não são anti-PT, são anti-sociedade”, disse.

Além disso, Galvão afirmou que muitas matérias colocadas em votação pelo deputado representam “derrotas dos direitos adquiridos na Constituição”.

LEIA TAMBÉM » #AtoPróDilma: acompanhe a cobertura da manifestação no Recife » Janot denuncia Cunha no STF por corrupção e lavagem de dinheiro Uma das pautas criticadas foi a aprovação da redução da maioridade penal. “A questão da violência não está resolvida, mas não é prendendo crianças que vai ser”, defendeu o vice-presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro.

Para ele, este é o Congresso mais conservador nos últimos anos.

Ribeiro criticou ainda o fato de a presidente Dilma estar sendo atacada por políticos, segundo ele, “ficha-suja”.

Um grupo de moradores do Ibura de Baixo, na Zona Sul do Recife, fez plaquinhas contra Cunha. “Nós estamos acompanhando a agenda aprovada no Congresso, de retrocesso de direitos”, afirmou Marcelo Adriano.

O manifestante criticou ainda a decisão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara de aprovar o Projeto de Lei que tipifica o crime de obstrução indevida de via pública.

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem O protesto pró-Dilma no Recife teve concentração na Praça do Derby, na área central, a partir das 15h.

Duas horas depois, a caminhada saiu pelas avenidas Agamenon Magalhães, Conde da Boa Vista e Guararapes em direção à Praça da Independência, também no Centro.

A organização estima que há 5 mil pessoas na manifestação, enquanto a Polícia Militar calcula 1,5 mil.