Um dia após a aprovação do projeto que reajusta o FGTS na Câmara dos Deputaods, considerada “pauta-bomba”, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deverá ser denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A informação foi publicada há pouco, no jornal O Globo.

A denúncia deve ser apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como base a acusação do empresário Júlio Almeida Camargo.

O executivo confessou em juízo ter pago US$ 5 milhões em propina para o deputado.

Cunha nega participação nos crimes.

Se o STF aceitar denúncia, o parlamentar passará a ser reú no escândalo de corrupção.

O caso investigado é o pagamento de suborno pago por Camargo para facilitar a assinatura de contratos de navios-sonda entre a Samsung Heavy INdustries e a diretoria Internacional da Petrobras.

De acordo com as investigações, o pagamento de propina nas transações girou em torno de US$ 40 milhões.

A parte que envolvia Cunha foi enviada à Procuradoria Geral da República e deu origem a abertura de um inquérito contra o deputado no STF no início deste ano.

Cinco meses depois desta nova etapa da investigação, o grupo de trabalho que auxiliar o procurador-geral Rodrigo Janot, concluiu a apuração.