Waldemar critica decisão do governo federal em cancelar operações de crédito.

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Dando forma e valores às críticas do governador Paulo Câmara (PSB) sobre o corte nas operações de créditos determinado pelo governo federal, o líder do governo, Waldemar Borges (PSB), afirmou que Pernambuco está deixando de captar R$ 2,6 bilhões em empréstimos internacionais que já estavam pactuados.

A decisão do governo federal afeta inicialmente seis Estados e nove municípios – entre eles Recife e Jaboatão – cujos projetos para financiamento já estavam tramitando. “Esses recursos seriam aplicados em nossa infraestrutura, na melhoria da malha viária, na habitação, na mobilidade, no saneamento e na educação, só como exemplos.

São áreas que têm sido sistematicamente criticadas pela oposição, sempre numa abordagem superficial e pontual, fragmentada, como se decisões como essa de [Joaquim] Levy não fossem as grandes responsáveis pelo agravamento das dificuldades enfrentadas por esses setores”, destacou Borges.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou a autorização de empréstimos ou operações de crédito internacionais ou nacionais para os governos no fim da semana passada.

O Blog havia antecipado o garrote desde o início do ano.

Pernambuco na briga para ter acesso a operações de crédito em 2016 Betinho Gomes reclama de garrote de Dilma em empréstimos Para o líder, essa é a pior notícia para o Estado neste ano. “Mesmo estados como Pernambuco, que só utiliza ¼ de sua capacidade de endividamento foram proibidos de tomar empréstimos", contou.

O parlamentar ressaltou ainda que o governo federal bloqueia os empréstimos apenas para que essa dívida não entre na contabilidade do País, embora ele não pague efetivamente nem um centavo sequer por essas operações. “Em outras palavras, os Estados estão sendo estrangulados por essa decisão que revela uma insensibilidade e um descompromisso inaceitáveis”, disse o parlamentar.