Na Folha de São Paulo Líderes dos grupos Vem Pra Rua e MBL (Movimento Brasil Livre), que estão entre os principais organizadores dos protestos antigoverno realizados no domingo (16), afirmaram que agora pretendem concentrar esforços em pressionar o TCU (Tribunal de Contas da União) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Segundo Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, no caso do TCU o objetivo é “exigir imparcialidade” no julgamento das pedaladas fiscais –a presidente Dilma Rousseff é suspeita de crime de responsabilidade pelo uso de dinheiro de bancos públicos para tapar buracos no Orçamento.
Renan Santos, do MBL, afirmou que o pedido de impeachment protocolado pelo grupo em maio na Câmara tinha 2.000 páginas de provas.
No TSE, a intenção é pressionar o ministro Luiz Fux a devolver ao plenário processo que pode levar à cassação da chapa que elegeu Dilma.
Chequer e Santos disseram não ter datas para as mobilizações nos tribunais.
Já Marcello Reis, do Revoltados On Line, planeja ato em Brasília na quarta (19) ou quinta (20) e pretende levar “bandeirões de impeachment” para os desfiles do 7 de Setembro nas grandes cidades.
Tomaram gosto, na coluna Painel Animados com a acolhida que tiveram nas manifestações de domingo, líderes do PSDB defendem que o partido convoque seus próprios atos pela saída de Dilma Rousseff da Presidência.
A ideia seria reproduzir comícios como os das Diretas Já, capitaneados por políticos, em vários Estados.
Para se compor com os movimentos que encabeçaram os protestos recentes, a sigla quer mostrar que não há como conduzir um processo de impeachment sem apoio partidário no Congresso.
A ideia de que o PSDB tome a frente das próximas mobilizações do “fora Dilma” será apresentada por deputados e senadores ao presidente da sigla, Aécio Neves, em reunião nesta terça.
As declarações de Fernando Henrique Cardoso, que defendeu a renúncia de Dilma, deram mais gás aos “cabeças pretas” tucanos, que antes criticavam as falas moderadas do ex-presidente.