O senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, comentou, em tom de ironia, as declarações feitas pelo líder do PT no Senado sobre a fala de FHC, nas redes sociais, sugerindo que Dilma renunciasse.
Nesta segunda, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), classificou a declaração de Fernando Henrique como um “grave equívoco”, “demonstração de ressentimento e inveja” e que revela uma “pequenez política” por parte do tucano, que age como “líder de torcida”. “Ouvi uma declaração, para mim quase que inconcebível e inacreditável, do líder do PT no Senado, que reputava ou dizia que essas manifestações do presidente Fernando Henrique tinham uma certa expressão de inveja do presidente Fernando Henrique.
Fiquei a imaginar: o presidente Fernando Henrique, que anda nas ruas do Brasil sem segurança, que entra nos restaurantes e é aplaudido de pé, que vai ao cinema, como eu fui outro dia com ele e com nossas esposas, e a fila para porque as pessoas quererem abraçá-lo.
Um presidente que é respeitado por onde anda no Brasil e fora do Brasil, que não é, depois de oito anos, investigado pelo que quer que seja.
Por que ele teria inveja?
Inveja de quem?”, questionou “Inveja de uma presidente sitiada?
Inveja de um ex-presidente investigado e inflado nos céus de Brasília no último domingo?
Inveja de um partido político, que é o PT, mergulhado em denúncias que hoje alcançam inclusive um terceiro tesoureiro do PT.
Não sabia que o PT tinha tantos tesoureiros.
Outro tesoureiro é citado por um ex-aliado do PT.
Inveja?
Não.
O presidente Fernando Henrique é um homem que anda de cabeça erguida no Brasil e presta contas apenas à História.
E nós nos orgulhamos muito de tê-lo como presidente de honra do PSDB.
Enquanto o PT não compreender a dimensão do que vem acontecendo no Brasil, estará cada dia mais distante de enfrentar e solucionar essa crise”, disse.
Aécio Neves também comentou a ideia de renúncia proposta por FHC. “A renúncia é um ato unilateral, que não depende de uma iniciativa do PSDB.
Na verdade, o que o presidente fez foi expressar um sentimento que ele, como um homem público absolutamente digno e responsável, colhe de tudo o que ele está vendo, de tudo o que está percebendo.
Ele considera que a renúncia talvez seja o menos traumático dos processos.
E está também na mesa para ser discutido.
Não sei se, pelas respostas que ouvi hoje, o governo teria essa grandeza.
Portanto, temos hoje lei no Brasil.
Leis para serem cumpridas, em especial pela presidente da República”.