O titular da Comissão de Educação e Cultura da Câmara de Vereadores da capital, André Régis, e a presidente do Conselho Regional de Educação Física, Nadja Harrop, denunciaram que a prefeitura do Recife, supostamente, está estimulando o exercício ilegal da profissão de professor de Educação Física em sua rede escolar pública desde maio último, quando enviou o ofício número 122 sugerindo que aquela atividade venha a ser conduzida por professores com formação em pedagogia e magistério.
A denuncia foi feita durante encontro no legislativo recifense.
Eles advertiram que o improviso pode causar lesões e riscos inclusive de vida às crianças, já que os professores não estariam habilitados em avaliação física.
O tema havia sido objeto de um encontro preliminar entre André Régis e os representantes do CREF.
O parlamentar considera inaceitável que 75% das escolas públicas do Recife não ofereçam espaços para esportes e taxou de violação dos direitos humanos as práticas improvisadas de ginásticas dentro de salas de aula com temperaturas acima de 32 graus.
Ele advertiu sobre os riscos de sequelas para as crianças na medida em que essas aulas são conduzidas por pessoas desabilitadas.
A prefeitura do Recife, segundo André Régis, criou vários problemas com o ofício 122. “A rede é opressora e violadora de direitos humanos”, repetiu o parlamentar.
O parlamentar lembrou que a rede pública escolar da capital é a única do país que não participa de jogos estudantis quando o país inteiro se volta para os jogos olímpicos e projeta os jovens que ganham medalhas em competições nacionais e internacionais como a do Canadá. “As escolas públicas do Recife jamais formarão atletas e são as únicas do país que não participam de jogos escolares em virtude da ausência de campos esportivos.
O ultimo concurso para a admissão de professores em educação física foi realizado em 2010 oferecendo apenas cinco vagas para uma rede que possui 94 mil crianças em 320 escolas, criticou André Régis.