Em um duro artigo, a vereadora Marília Arraes (PSB), prima do ex-governador Eduardo Campos, questiona o suposto silêncio do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), sobre a operação policial sobre a Arena Pernambuco, deflagrada na última sexta-feira (14).

Dizendo que o partido é “covarde e retrógrado”, Marília questiona a falta de uma declaração pessoal dos dois ex-gestores do programa de PPPs.

Apenas o Governo do Estado divulgou uma nota, não houve declaração de própria voz, de Geraldo ou Paulo. “Há algo ainda mais grave: o silêncio absoluto dos dois homens que detêm os cargos mais importantes do Estado.

Nada.

Nem uma palavra”, questionou Marília.

Veja a íntegra do artigo, publicado no Facebook oficial da vereadora: O silêncio da “Nova Política” Na última sexta-feira, Pernambuco acordou com a Polícia Federal deflagrando mais uma etapa da Operação Lava-Jato.

Desta vez, o desdobramento, denominado de Operação Fair Play, cravou os dentes na “Nova Política”: o alvo da PF foi o nada republicano contrato que permitiu a construção da Arena Pernambuco.

No miolo da sujeirada toda, superfaturamento, irregularidades e fraude.

No olho do furacão, dois nomes da tropa de elite desse PSB covarde e retrógrado dos últimos tempos: o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara.

Quando secretários de Estado, Geraldo e Paulo eram os todo-poderosos do Comitê Gestor das Parcerias Público-Privadas do governo do Estado.

Foram eles que, na condição de presidente e vice do órgão, não apenas trouxeram à tona a proposta de construção do equipamento esportivo como aprovaram a abertura de licitação.

O resto virou crônica policial.

Não é nada bom para Pernambuco que a PF tenha vasculhado gabinetes e escritórios de órgãos do governo do Estado, como a Secretaria de Planejamento e Gestão - onde o atual prefeito deu expediente durante quase seis anos.

Mas há algo ainda mais grave: o silêncio absoluto dos dois homens que detêm os cargos mais importantes do Estado.

Nada.

Nem uma palavra.

Não dá para considerar como resposta a nota enviada à imprensa, com alegações automáticas e costumeiras à guisa de justificar o injustificável.

Mas, nada nos surpreende, pois este “mergulho” faz parte do modus operandi da “Nova Política”: silenciar para ver se o assunto esfria.

Também nada falaram expoentes novos e velhos deste amontoado de raposas que se tornou o PSB, além de seus aliados.

Nada.

Muitos dos quais foram financiados por empreiteiras investigadas na Lava-Jato.

O povo do Recife exige uma resposta do prefeito.

O povo de Pernambuco exige uma resposta do governador. É o mínimo que essa política do nada pode fazer.