Foto: reprodução do Facebook O vice-presidente Michel Temer, também presidente nacional do PMDB, condicionou o eventual ingresso da senadora Marta Suplicy (sem partido/SP) à sigla à participação dela nas prévias do partido se quiser disputar a Prefeitura de São Paulo.

Temer recebeu Marta na sexta-feira, 14, à tarde para tratar da filiação da senadora ao PMDB.

Ele argumentou também que a senadora teria de se aproximar dos vereadores peemedebistas para conquistar espaço no partido.

Na reunião, a ex-petista relatou suas divergências com a cúpula do PSB - partido com o qual vinha negociando a filiação - e que não tinha outra alternativa política a não ser migrar para o PMDB.

Marta teria aceito as condições impostas por Temer.

A reunião foi no escritório de Temer em São Paulo.

O ingresso de Marta no PMDB, no entanto, não tem o apoio consensual do partido. “Os vereadores não estão gostando disso”, revelou um peemedebista.

Será montada uma programação de conversas com a base até setembro, que culminará com a oficialização da filiação da ex-petista. » Cortejada pelo PSB, Marta Suplicy deve fechar acordo com PMDB Marta terá de disputar a indicação do PMDB com o atual secretário municipal da Educação, Gabriel Chalita, hoje aliado do prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad.

Temer vai procurar o prefeito nos próximos dias para comunicar a decisão do partido de ter candidato próprio à sucessão municipal de 2016 mas deixará as “portas abertas” para uma eventual aliança no segundo turno da eleição, como aconteceu no pleito de 2012, quando peemedebistas e petistas subiram no mesmo palanque na reta final da campanha. ‘Constrangida’ Isolada no PT, Marta deixou o partido após 33 anos de militância.

Na ocasião, ela se disse constrangida com o “protagonismo” da legenda no escândalo de corrupção na Petrobras.

A senadora buscava espaço para voltar à Prefeitura de São Paulo e encontrou disposição do PSB do vice-governador de São Paulo Márcio França para abrigá-la.

O PSB já dava como certa a filiação de Marta.

No entanto, o “flerte” com o PMDB irritou os pessebistas e as negociações com a legenda - que é aliada de primeira hora dos tucanos em São Paulo - não seguiram adiante.

Marta preferiu tratar de sua ida para o PMDB diretamente com a cúpula nacional da legenda.

Antes do encontro com Temer, que ocorreu à tarde, o deputado federal Baleia Rossi, presidente do PMDB paulista, considerava que as tratativas com a ex-petista haviam esfriado.

Segundo o deputado, um dos motivos que teriam levado Marta a desacelerar as negociações era a possibilidade de o Senado aprovar o projeto da reforma política, reduzindo de um ano para seis meses o prazo exigido de filiação partidária para um candidato concorrer nas eleições. fonte: Estadão Conteúdo