Foto: Marília Banholzer/BlogImagem.

Antes mesmo de deixar o PT, a senadora Marta Suplicy vinha sendo cortejada por lideranças políticas de vários partidos.

Ao adotar uma postura crítica em relação ao governo federal, a política entrou na mira daqueles que comungavam da opinião.

Desde o início do ano, o PSB mantinha uma espécie de namoro com a paulista, visita vai, visita vem.

Ela veio a Pernambuco, visitou a Fenearte ao lado da cúpula socialista.

Até data de filiação havia sido marcada.

Mas parece que quem fisgou a ex-prefeita de São Paulo foi mesmo o vice-presidente Michel Temer (PMDB).

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.

Paulo, Marta Suplicy selou nessa sexta-feira (14) com Michel Temer a filiação ao PMDB.

Segundo a coluna, o anúncio oficial só será feito depois que a senadora fizer uma rodada de conversas com vereadores, deputados e dirigentes da sigla.

Marta aceitou disputar convenção ou prévias para confirmar sua candidatura à Prefeitura da capital em 2016.

Na passagem pelo Recife, na última segunda-feira (10), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, adotou cautela e evitou tecer comentários sobre o processo de filiação de Marta.

A fala já era um prenúncio da desistência.

Na ocasião, ele mencionou que vinha conversando com Marta, mas que a decisão não dizia respeito ao partido. “Temos conversado com Marta, com o senador Álvaro Dias (PSDB) e com outros políticos.

Mas a decisão de se filiar a um partido é pessoal e intransferível.

Estamos dando as boas-vindas a essas personalidades, mas a decisão é delas”, disse Siqueira, no evento em homenagem a Eduardo.

Ex-prefeita de São Paulo, Marta deixou o PT em abril, acusando o partido de trair os próprios princípios.

Em maio, o PT de São Paulo ingressou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de tirar o mandato da senadora por desfiliação sem justa causa, com base na Lei da Fidelidade.