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O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) enviou uma nota comentando os desdobramentos da Operação Fair Play, da Polícia Federal, que apura suspeitas de superfaturamento na construção da Arena Pernambuco, estádio usado na Copa do Mundo do ano passado.

Dando tom político à investigação, o deputado pontua a relação entre o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara, que eram presidente e vice-presidente do Comitê Gestor de PPPs, na época da assinatura do contrato do Estado com a Odebrecht. » PF deflagra operação que investiga superfaturamento na Arena PE » Em nota oficial, a Odebrecht diz que vai colaborar com as investigações Mais cedo, o colunista Giovani Sandes, da coluna Pinga Fogo, traçou a relação entre os dois políticos do PSB e o Comitê Gestor e relembrou que, em 17 de dezembro de 2009, o comitê fez uma reunião autorizando o lançamento da licitação da Arena Pernambuco.

Na operação da Polícia Federal, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, bem como na residência de dois sócios, além de busca na sede do Comitê Gestor de Parceria Público-Privada Federal em Pernambuco.

Leia a íntegra da nota: “Pela segunda vez em 30 dias, a Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão em Pernambuco, para investigar a suspeita de superfaturamento de R$ 42 milhões no contrato de construção da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata.

Agora, em vez da residência de um senador do PSB, o alvo a ser investigado é o Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas. À época da assinatura do contrato do Estado com a Odebrecht, o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara eram o presidente e o vice-presidente do comitê, respectivamente.

No início da legislatura, nosso mandato começou a se aprofundar nos tortuosos caminhos que levaram à construção da Arena, cujo valor total ao erário ainda permanece incerto.

As respostas parciais do governo ao pedido de informação protocolado pelo gabinete não deixavam dúvidas: o contrato é claramente lesivo aos interesses públicos e aos pernambucanos, como já havia alertado o TCE.

Por isso, nosso mandato ajuizou ação judicial – ainda em análise - pedindo o cancelamento do contrato.

Na PPP da Arena, o placar do jogo já estava previamente acertado, como agora sustenta a PF: as campanhas eleitorais milionárias do PSB e a Odebrecht ganhavam, enquanto a população – mais uma vez – paga a conta.

Ao final dos 30 anos de vigência do contrato entre governo e empreiteira, o prejuízo final da Arena pode chegar a R$ 2 bilhões!

Como agora mostra a PF, a crise econômica tem origem também na corrupção e má gestão.”